20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra é momento de luta e visibilidade

O 20 de novembro é marcado como o Dia Nacional da Consciência Negra. Além de celebração, é preciso reforçar que a data se apresenta como um momento de aprofundar o debate sobre as questões raciais e as contradições sociais que existem no Brasil.

A Educação tem um papel fundamental na luta antirracista.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) reafirma sua postura antirracista e, para além de celebrar, entende que essa luta se faz no cotidiano e a partir dos referenciais que constroem nossa visão de sociedade. Para lutar, é preciso ouvir. Reconhecer o lugar de fala e de escuta. Mas quem temos escutado?

Pensando na importância da visibilidade de educadores, educadoras, escritores/as e ativistas negras/os, o Sind-UTE/MG convida a todos e todas para conhecer mais sobre o trabalho e a história de mulheres e homens que se dedicaram e se dedicam na construção de uma sociedade livre, contrária ao patriarcado, à supremacia branca, ao machismo e ao mito de que o Brasil vive numa democracia racial.

– Marielle Franco:
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Socióloga, mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), eleita vereadora do Rio de Janeiro no ano de 2016, presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Vereadores, coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), defensora dos direitos humanos e da população LGBTQIA+.

Foi covardemente assassinada no dia 14/3/2018, episódio que também fatalizou o motorista Anderson Gomes. Neste dia 20 de novembro completam 982 dias que o país não responde: Quem mandou matar Marielle e por quê?

Atualmente, a irmã de Marielle, a educadora Anielle Franco, preside o Instituto Marielle Franco.

A dissertação de mestrado da vereadora foi adaptada e lançada como livro: UPP A redução da favela a três letras – Uma análise política da segurança pública do Rio de Janeiro.

– Sueli Carneiro:
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Filósofa, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), ela é fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, pesquisadora, escritora, importante teórica das questões que se relacionam à mulher negra. Criou o único programa brasileiro de orientação na área de saúde específico para mulheres negras e, em 1988, foi convidada a integrar o Conselho Nacional da Condição Feminina.

É autora da reconhecida obra “Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil”, e recentemente, lançou o livro “Escritos de uma vida”.

– Djamila Ribeiro:
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Filósofa, mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), escritora, pesquisadora, militante da luta antirracista, já foi secretária-adjunta de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo.

É coordenadora da coleção Feminismos Plurais e autora dos livros “O que é Lugar de Fala?”, “Quem tem medo do feminismo negro?” e “Pequeno Manual Antirracista.”

– Juliana Borges:
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Escritora, abolicionista penal, pesquisadora de Antropologia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP), já atuou como articuladora política da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas (INNPD) e como assessora da Secretaria de Governo Municipal e Secretária-Adjunta da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo.

É autora do livro “O que é encarceramento em massa?”, da coleção Feminismos Plurais, e do livro “Prisões: Espelhos de nós”, da Coleção 2020 – Ensaios sobre a pandemia.

– Adilson Moreira:
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Professor doutor pela Universidade de Harvard em Direito Antidiscriminatório, pesquisador, atua na descolonização de práticas racistas naturalizadas e presta consultoria sobre compliance para empresas incorporarem práticas inclusivas corporativas.

Pela coleção Feminismos Plurais, lançou o livro “O que é racismo recreativo?”.

– Sílvio Almeida:
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Advogado, doutor e pós-doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela USP, professor universitário, pesquisador e escritor.

Sua mais recente obra foi lançada pela coleção Feminismos Plurais, com o livro “O que e racismo estrutural?”.

– Cida Bento:

Doutora em Psicologia pela USP, diretora executiva do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, ativista na redução das desigualdades raciais e de gênero no ambiente de trabalho, foi considerada pela revista “The Economist”, em 2015, como uma das 50 profissionais mais influentes do mundo no campo da diversidade.

É autora da tese que apresentou a discussão sobre o pacto narcísico da branquitude e coordena o CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade, na luta pela equidade racial e de gênero.

– Carla Akotirene:
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Assistente social, escritora, pesquisadora da Epistemologia Feminista Negra, militante ativista da luta antirracista. É doutoranda em estudos feministas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e já atuou no Núcleo de Estudantes Negras Matilde Ribeiro em Salvador, no Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra e na coordenação de uma campanha nacional contra o extermínio da juventude negra.

É autora dos livros “O que é interseccionalidade?”, da coleção Feminismos Plurais, e do Ó “Pa Í, Prezada!”.

– Jaqueline Gomes de Jesus:
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Professora de Psicologia no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), doutora em Psicologia Social pela Universidade de Brasília (UnB), ativista dos direitos da população LGBTQIA+, escritora, pesquisadora-líder do ODARA – Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Identidade e Diversidade (IFRJ). Ela ainda atuou, em 2006, como assessora de Diversidade e Apoio aos Cotistas e coordenadora do Centro de Convivência Negra da UnB.

É autora do livro “Transfeminismo: Teorias e Práticas”.

– Milton Santos:
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Um dos maiores geógrafos brasileiros, Milton foi um importante pesquisador da relação entre política e território, atuou como professor universitário, jornalista, doutorou-se em Geografia na Universidade Francesa de Strasbourg. Lecionou em universidades francesas durante o período de exílio, a partir do golpe militar de 1964.

Escreveu vários livros como “O povoamento da Bahia: suas causas econômicas”, “A cidade nos países subdesenvolvidos” e “O espaço dividido.”

– Lélia Gonzalez:

Graduada em História e Filosofia, doutorou-se em Antropologia Política, foi professora da rede pública do Rio de Janeiro, uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, como ativista também atuou no Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e no Coletivo de Mulheres Negras N’Zinga, autora do livro “Festas populares no Brasil” e coautora do livro “Lugar de Negro”.

Ela ainda atuou na política institucional e é reconhecida como uma das principais lideranças da luta antirracista e da produção intelectual a partir da década de 1970.

– Carolina Maria de Jesus:

Importante escritora que denunciou, por meio dos livros, a fome, a profunda desigualdade social e o racismo enfrentados na periferia da capital São Paulo. A partir da vivência no trabalho como catadora de papel e nas leituras constantes, escreveu e lançou seu primeiro livro em 1960.

“O quarto de despejo” foi traduzido para 14 idiomas e publicado em 46 países. Ela ainda lançou as obras “Casa de Alvenaria”, “Pedaços de Fome” e “Provérbios”.

– Dandara dos Palmares:

Guerreira histórica contra o sistema escravocrata do século XVII, articulou os processos de resistência no quilombo dos Palmares, o maior quilombo do período colonial brasileiro, liderança comunitária, participou de todos os ataques e defesas da resistência palmarina.

– Zumbi dos Palmares:

Nasceu em 1655 no Quilombo dos Palmares, aos 25 anos se torna líder do Quilombo, reconhecido pela capacidade de enfrentamento, inteligência, e organização militar, comanda a resistência contra os ataques das tropas do governo Português.

O dia 20 de novembro é reconhecido como Dia Nacional da Consciência Negra, porque foi nessa data, em 1695, que ele foi traído e denunciado por um antigo companheiro, sendo localizado, preso e degolado aos 40 anos de idade.

Para conhecer mais sobre essas lideranças e outras tantas que compuseram e compõem a resistência e produção intelectual negra brasileira, acesse https://www.geledes.org.br/

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