Alunos manifestam apoio à greve dos professores da rede estadual

A categoria reivindica propostas de pagamento do piso salarial nacional, a quitação do 13º salário de 2019 e a interrupção de políticas que dificultam o acesso à Educação

Estudantes da Escola Estadual Amaro Lanari Junior, no bairro Ideal, em Ipatinga, manifestaram apoio aos professores da rede estadual, que estão em greve há nove dias. A categoria reivindica propostas de pagamento do piso salarial nacional, a quitação do 13º salário de 2019 e a interrupção de políticas que dificultam o acesso à Educação

Na manifestação na manhã desta quarta-feira (19), a aluna Luísa Inácio Profiro, do terceiro ano, informou que a manifestação contou com a participação de cerca de 30 estudantes. “O protesto teve o intuito de alertar as pessoas sobre a situação das escolas estaduais e de apoiar os professores que estão de greve. Queremos reivindicar também nossos direitos. É preciso ter melhorias na educação”, afirmou.

Balanço

A diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede de Ipatinga, Cida Lima, listou as escolas que estão em greve, conforme o balanço desta quartafeira. “Em Ipatinga, temos quatro unidades paralisadas totalmente, dentre elas, Canuta Rosa, Maurílio Albanese Novaes, Nilza e Amaro Lanari Júnior. E temos 20 escolas paralisadas parcialmente. Em Santana do Paraíso há três totalmente e três parciais. Fora da subsede de Ipatinga, temos três paralisadas em Coronel Fabriciano e duas em Timóteo, que aderiram à greve de forma integral”, detalhou.

Aprovação de reajuste

Na tarde desta quarta-feira, os deputados estaduais aprovaram, em segundo turno, o Projeto de Lei nº 1.451/2020, de autoria do governo federal, que concede recomposição salarial de 41,7% aos servidores da segurança pública. A emenda que oferece reajuste para outras categorias, incluindo a Educação, também foi aprovada. Com isso, o projeto retornará ao plenário para ser discutido e votado novamente. Caso seja aprovado, o governador Romeu Zema deverá decidir se veta ou não a emenda que recompõe em até 31% os vencimentos da educação básica e até 28,82% para as demais categorias.

O governo estadual também convidou os trabalhadores em Educação para discutir nesta quinta-feira (20) sobre a situação da categoria, em horário ainda a ser marcado.

Assembleia

Para esta quinta-feira, às 14h, está marcada uma assembleia estadual com os professores e funcionários das escolas estaduais, no Pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Essa será a segunda assembleia a ser realizada após a paralisação das atividades. A primeira ocorreu na última sexta-feira (14), quando os trabalhadores em Educação decidiram manter a greve, por tempo indeterminado.

Diálogo

Quando a greve dos professores foi deflagrada, no dia 11 deste mês, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, por meio de nota, que respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação e reitera que tem mantido um diálogo com representantes sindicais. “Várias agendas foram realizadas, ao longo de 2019, com os representantes das entidades sindicais e do Governo do Estado, nas quais assuntos da área da educação foram debatidos. A SEE reforça que os canais de diálogos continuarão abertos para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e discutidas”.

Já a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) ressaltou que vem recebendo e dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias. “Até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento e pôr fim ao parcelamento de salários por seis meses, o Governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio”, pontuou.


O protesto ocorreu em frente à Escola Estadual Amaro Lanari

Foto: Divulgação

Fonte: Diário do Aço

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