CUT e Sind-UTE/MG vão viabilizar Carnaval de blocos impedidos se desfilar

Central e sindicato disponibilizam dois trios elétricos que atendem às exigências do governo do Estado

Representantes de 18 blocos, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Jairo Nogueira Filho, e a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Denise Romano, se reuniram na sede da Central, no Bairro Colégio Batista, e acertaram os detalhes para disponibilizar os caminhões de som das entidades e viabilizar os desfiles dos blocos nos cinco dias de folia.Eles contaram com o apoio de Robson Gomes Silva, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios (Sintect-MG), que fez os ajustes finais na agenda para o Carnaval e que todos fossem atendidos, e do jornalista Kerison Lopes, representante da Santa Tereza Independente Liga (SE LIGA) e do Volta Belchior.

Os dois caminhões de som, com documentação e condições técnicas exigidas pelas autoridades, vão atender, a princípio, aos blocos Fita Amarela (nesta sexta-feira, dia 21), Bloco Fúnebre (no mesmo dia),  (dia 22, sábado), Embriagalo e Emoções  (dia 23, domingo), Românticos São Loucos (23), Bloco dos Valetes e Velobloco (23), Fofoca (23), Alô Abacaxi (23), Pena de Pavão de Krishna (23),  Daquele Jeito (dia 24, segunda-feira), Bethania Custosa (24) Sergipando (24), Bloco Sinara (24), Pescoção (dia 25, terça-feira), Esperando o Metrô (25), Pisa na Fulô (25), Filhas de Clara (1º de março). Em solidariedade a outros blocos, que poderiam ser incluídos, e por terem recursos para buscar alternativas, Alô Abacaxi e Pena de Pavão de Krishna abriram mão dos carros e agradeceram à CUT e ao Sind-UTE/MG pela iniciativa.Diante da intransigência do governo de Romeu Zema, surgiu uma nova exigência para carros de som e assim impediu o desfile de dezenas de blocos de Carnaval, a CUT/MG e o Sind-UTE/MG decidiram colocar seus trios elétricos à disposição de blocos, quando as entidades receberam, na quinta-feira (20), o pedido para que pudessem prestar solidariedade aos blocos que ainda estavam com os desfiles pendentes por falta de som.“Ontem, quando conversamos sobre a cessão dos caminhões, tivemos que acelerar o processo. Entramos em contato, também, com outras entidades para que nos ajudassem a atender os blocos. Os documentos que passaram a exigir é um procedimento contra o Carnaval, que em Belo Horizonte cresceu a partir de um movimento de protesto, a Praia da Estação. E se tornou um dos maiores carnavais de rua do país. Mesmo assim, acontece esta arbitrariedade do governo do Estado”, afirmou Jairo Nogueira Filho.

“Quero dizer que tudo isto foi encomendado. O chefe é que comanda, e é o governo do Estado o responsável por tudo isso que está acontecendo. O Carnaval de Belo Horizonte já é garantia de renda para pessoas que estão desempregadas ou precarizadas. É o momento de ter renda. O Carnaval tem função social. É Carnaval de protesto. Por isso disponibilizamos nossos caminhões. A festa rendeu para a cidade, em 2019, R$ 700 milhões. São mais de 15 mil de ambulantes, milhares de artistas, produtores. A economia é movimentada. E o que estão fazendo é um atentado contra a economia e contra a cultura. Os hotéis estão lotados. E, mesmo assim, por disputa política com o prefeito da capital, pelas eleições municipais, o governo do Estado tenta inviabilizar o Carnaval. O Carnaval é político, mas não podemos esquecer-nos do 8 de março, que vem pouco depois. Quando vamos unificar as lutas com as pautas do Dia Internacional da Mulher”, declarou Denise Romano.

 

Fonte: Com informações de Rogério Hilário – CUT/MG

FotoStudium/Sind-UTE/MG

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