Programa Outras Palavras – O governo do Estado precariza educação com a política de fechamento de turmas

Na noite do dia 21/8/2019 (quarta-feira), estudantes, educadores e educadoras da Escola Estadual Santos Dumont, em Belo Horizonte, realizaram um protesto contra a fusão de sete turmas na instituição. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) integrou a manifestação e esteve em luta contra a política nefasta do governo do Estado.

A escola foi uma das 225 atingidas pela política de fechamento de turmas de Romeu Zema, implementada pela Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) na rede estadual de ensino, no mês de agosto.

Com cartazes, vozes e muita luta, os/as manifestantes reivindicaram respeito. “A educação é nosso direito, pensem nisso um instante. Hoje tiram nosso conhecimento, amanhã podem privar o restante.” “O Estado nos trata como número, mas nós não somos cabeça de gado deles. Exigimos respeito!”

O professor e diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Renan Santos, falou sobre as consequências da política do governador Zema. “Na Santos Dumont, já foram sete turmas fechadas, três professores/as demitidos/as e 10 que perderam, parcialmente, aulas. Isso afeta a qualidade do ensino e a saúde de quem leciona.” Ele ainda disse que a medida causa superlotação e aumento da temperatura em sala, produzindo um ambiente insalubre.

Para a presidenta da União Colegial de Mias Gerais, Daniela Moura, a medida da SEE/MG provocará mais evasão escolar. “Nossa realidade hoje é de estudantes que entram na escola e não conseguem permanecer. Tanto Zema quanto Bolsonaro fizeram cortes grandes no orçamento da educação. Só no Estado tivemos mais de 1.000 escolas prejudicadas. Essa política aprofunda os problemas estruturais do ensino estadual.” Ela afirmou que a disputa colocada é pela educação pública de qualidade social.

Ana Carolina Vasconcelos, do Levante Popular da Juventude, chamou a atenção de todos e todas para a resistência que deve ser feita. “Nosso trabalho é dialogar com toda a comunidade. Nós, estudantes universitários e secundaristas, sempre estivemos juntos na luta. Da mesma forma que contamos com vocês para defender a universidade pública, podem contar conosco para lutar pela escola pública estadual. Estamos juntos e juntas!”

Em coro, os manifestantes gritaram: “A nossa luta unificou! É estudante junto com trabalhador!”

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