Programa Outras Palavras – Os crimes da Vale contra a vida e o meio ambiente

Seis meses de lama e de luto. O Sind-UTE/MG, ao relembrar o crime da Vale, ocorrido em 25 de janeiro deste ano, em Brumadinho, se solidariza aos familiares das vítimas e cobra por justiça.

A deputada e diretora estadual do Sindicato, Beatriz Cerqueira, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), 18/7/2019, pediu respeito ao processo de apuração do crime da Vale. Ela questionou as reiteradas interferências do Poder Judiciário em relação aos convidados, na condição de investigados, quando garantiu o não comparecimento ou o direito de permanecerem calados.“A Vale matou 272 pessoas em solo mineiro e não pode ficar impune!”

A militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Fernanda Oliveira, em entrevista ao programa Roda de Conversa no dia 11/2/2019, falou sobre a postura covarde da mineradora, responsável pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana, 2015, e reincididente em Brumadinho. “Já se passaram quatro anos desde o primeiro crime e, nesse ano, desnecessariamente, matou quase 300 pessoas. Nenhuma casa foi construída para os/as atingidos/as e nós ficamos com a impressão de que a justiça está ao lado dos criminosos e não das vítimas.”

Também militante do MAB, Eloá Magalhães, em debate no Roda de Conversa, 1/7/2019, lembrou do sofrimento que ainda permanece nas pessoas atingidas pelo crime. “Preciso lembrar que o Corpo de Bombeiros segue nas buscas pelos 24 corpos ainda não encontrados em Brumadinho. Vemos moradores das comunidades com aumento do uso de antidepressivos e o medo de novos rompimentos. A Vale promove um terror psicológico!”

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, falou em luta. “O que a Vale quer é tornar pessoas, histórias, a morte de um filho, em números. Nossa obrigação é denunciar o que a empresa faz com os/as atingidos/as e dar voz a essas pessoas. Construir esse diálogo faz parte do enfrentamento à mineração predatória no estado e no país.”

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