Veja no Programa Outras Palavras, que será veiculado no dia 14 de dezembro de 2019
Veja no Programa Outras Palavras de 14 de dezembro de 2019
Congresso da CUT Minas debate as agendas da classe trabalhadora
Elas não arredam o pé da luta por direitos e liberdade
Governo Zema ataca a educação pública
A educação foi eletita inimiga pelo Governo do Estado
Roda de Conversa – O som da viola e as lutas do MST
O programa Roda de Conversa do último dia 9/12/2019 trouxe canto, viola e um importante debate sobre as lutas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Estiveram presentes o cantor, compositor e violeiro, Pereira da Viola, e a dirigente estadual do setor de cultura do MST, Guê Oliveira.
Um dos pontos ressaltados foi sobre o Dia Internacional de Luta contra os Agrotóxicos, celebrado em 3/12/2019.
“O projeto do agrotóxico no Brasil está ligado a um projeto de campo, de dominação territorial com monocultura e produção transgênica. Isso tem produzidos mortes de sem terras, indígenas e quilombolas, e não representa a vida pela qual lutamos no campo”, disse Guê Oliveira.
Ela lembrou que o governo Bolsonaro, só neste ano, já liberou o uso de 467 agrotóxicos, inclusive, alguns que são proibidos internacionalmente pelo nível de toxidade.
A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano, destacou que essa postura já está produzindo efeitos diretos na economia. “Muitos países já recusaram parte da produção agrícola que antes importavam do Brasil, motivada pela indiscriminada liberação de agrotóxicos.”
Em tempo de império das notícias falsas e de criminalização dos movimentos sociais, Pereira da Viola falou da importância da informação. “As pessoas precisam se informar. O MST não invade nada, apenas ocupa terras improdutivas e realizam uma grande produção agroecológica e luta política nesses territórios.”
Nesse sentido, Guê destacou que 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros e brasileiras são da agricultura familiar. “O MST produz sob a perspectiva de segurança alimentar e têm plantações em assentamentos e acampamentos também.”
Pela manutenção das disciplinas de Filosofia e Sociologia na educação pública
A importância das disciplinas de Filosofia e Sociologia foi amplamente discutida na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A requerimento da deputada estadual, Beatriz Cerqueira (PT/MG), a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia realizou uma audiência pública para discutir o assunto, no último dia 5/12/2019.
Ela aproveitou o momento para fazer um alerta aos profissionais da educação presentes. “Se nós não fizermos a cobrança, ficaremos quatro anos com os salários congelados. O governo do Estado fez uma escolha política de apresentar propostas de pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional à apenas parte do funcionalismo público, inclusive, com recursos da Educação.”
O diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Fábio Garrido, afirmou que o governador promove um desmonte do ensino público. “Essas mudanças na disposição das aulas de Filosofia e Sociologia no ensino médio, promovidos pela Resolução publicada pela Secretaria de Estado de Educação, causarão excedência de educadores. O que será feito com eles? Serão demitidos?”
“O governo estadual torna o mínimo de aulas dessas disciplinas, conquistado com a luta histórica da categoria, em máximo. Utiliza do argumento constitucional apenas quando é conveniente”, disse Leandro da Costa Januário, professor de Sociologia da rede estadual.
CUT/MG realiza 13º Congresso Estadual, elege nova direção e define estratégias e calendário de lutas
O 13º Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CECUT/MG) foi realizado de 29/11 a 1o de dezembro/2019, em Ouro Preto.
Durante o evento, o debate se fortaleceu em torno união dos movimentos sociais e sindicais, principalmente para garantir direitos, democracia e soberania.
A deputada estadual, Beatriz Cerqueira (PT/MG), ao transferir a presidência da CUT/MG a Jairo Nogueira Filho, convidou a todos e todas para uma reflexão. “Não podemos achar que o momento no qual vivemos é igual a outros vividos recentemente. Não é! Talvez seja o pior desde a redemocratização, porque as pessoas que representamos estão desempregadas, passando fome, sem direitos ou perspectiva de vida. Exatamente por isso, a conjuntura exige de nós uma capacidade coletiva de enfrentamento.”
Thiago Alves da Silva, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), falou sobre a mineração predatória em Minas Gerais e a importância da unidade de luta nesse momento. “O enfrentamento a essa atividade no estado não caminha se nossos laços com a CUT e com o campo popular não seguirem firmes. Agradecemos a essa aliança e seguiremos juntos.”
Isabel Gonçalves, da Marcha Mundial das Mulheres, disse que a CUT tem feito um importante trabalho de representação e protagonismo no debate sobre o papel das mulheres na luta sindical. “Nossa aliança não é qualquer aliança. Compartilhamos um projeto de sociedade que massifique a luta feminista.”
“Racismo não combina com democracia. Portanto, essa deve ser uma das principais bandeiras defendidas e debatidas pela CUT Minas”, destacou José Carlos de Souza, do Movimento Negro Unificado.
“Reafirmamos nesse Congresso o desejo que compartilhamos de fazer a transformação social do país, unificando a juventude com as organizações sindicais”, disse Paulinha Silva, militante do Levante Popular da Juventude.
O presidente da CUT Regional do Triângulo Mineiro, Luís Sérgio Campos, ressaltou que, mais do que nunca, as regionais são essenciais para fazer o debate nas bases e ampliar a luta pelo interior do estado.
“Precisamos manter o que de bom foi feito por nós, aprimorar e levar força e esperança a toda a sociedade”, refletiu o novo presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira.
O programa “Outras Palavras” é uma produção do Sind-UTE/MG e é veiculado aos sábados, das 10h às 10h:30, nas TV’s: Band Minas (em todo o Estado), Candidés (Divinópolis e Região) e na Band Triângulo. Você pode acompanhar também essa produção pelo Canal do Sind-UTE/MG no Youtube.
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