Veja no Programa Outras Palavras, que será veiculado no dia 18 de janeiro de 2020
Veja no Programa Outras Palavras de 18 de janeiro de 2020
Trabalhadores e trabalhadoras em Educação reivindicam pagamento do Piso Salarial e do 13º.
Em defesa da unidade de luta e dos direitos trabalhistas.
MAB afirma que as mineradoras mandam no estado de Minas Gerais.
5 de fevereiro – Assembleia Estadual com paralisação total de atividades
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) convoca toda a categoria, Superintendências Regionais de Ensino (SRE’s) e Órgão Central para a Assembleia Estadual no próximo dia 5/2/2020 (quarta-feira), com paralisação total das atividades.
A atividade acontece às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa, e foi antecipada diante da declaração do governador Zema, quando pediu tolerância da categoria para o pagamento do 13º salário de 2019.
“O governo do Estado não pode escolher qual pauta pode atender. A Educação não aceitará ficar em segundo plano, sem 13º e sem o cumprimento da Lei 21.710/2015 e da 11.738/2008, que estabelecem o Piso Salarial Profissional à categoria. Não é justo colocar setores do funcionalismo uns contra os outros, por conta de uma política de predileção”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano.
O diretor estadual e coordenador da Subsede de Betim, Luiz Fernando Oliveira, lembra que a luta em defesa do Piso é histórica. “Estamos nessa batalha há mais de 10 anos. O fortalecimento de uma educação pública de qualidade só é possível quando os trabalhadores e trabalhadoras também são valorizados.”
Para o diretor estadual e coordenador da Subsede Amazonas/BH, Geraldo Miguel, o Piso Salarial é o que garante à categoria se reconhecer enquanto trabalhadores valorizados no ofício de educadores.
Sind-UTE/MG reivindica pagamento do 13º salário em dia
No último dia 18/12/2019, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) realizou manifestação na Cidade Administrativa em defesa do pagamento integral do 13º salário.
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, falou sobre o objetivo da manifestação. “Esse ato representa uma resposta diante da decisão do governador em apresentar uma proposta de pagamento do 13º salário a apenas um setor do funcionalismo público. Mas, também destaco que a categoria enfrentou o adoecimento, provocado pelo desemprego estrutural que a Secretaria de Estado de Educação promoveu ao longo de 2019. O gerencialismo político do governador será combatido.”
“A postura de toda a categoria é de completa indignação. O que o governo do Estado faz não é correto e nós seguiremos na cobrança pelo pagamento integral do 13º de 2019, reivindicando a interrupção dessa postura de predileção com o funcionalismo público”, disse a diretora estadual do Sind-UTE/MG, Marilda Abreu Araújo.
O diretor estadual do Sind-UTE/MG, Paulo Henrique Santos Fonseca, ressaltou que o pagamento do 13º é um direito constitucional e faz muita diferença na economia familiar. Negá-lo, então, “é uma perversidade contra a maior categoria do funcionalismo.”
O ato também contou com a participação de outros setores do funcionalismo, que também ficaram sem receber o direito no mês de dezembro.
O governo privatista e entreguista de Romeu Zema
O governado do Estado tem implementado em Minas Gerais uma política de privatizações das empresas públicas e precarização dos direitos trabalhistas.
“A privatização só gera mais lucro para os empresários, onera apenas a classe trabalhadora e a população mais carente”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua/MG), José Maria dos Santos, a respeito da proposta de privatização da Copasa, apresentada pelo governador Romeu Zema.
A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano, afirmou que a eleição de um eletricitário para a presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o sindicalista Jairo Nogueira Filho, “representa a resistência e a batalha sindical contra o projeto nefasto de privatização.”
“É preciso lutar e acompanhar o que acontece na Câmara Federal. A vigilância cidadã, resistência estudantil, sindical e social é o que tem nos garantido as pequenas conquistas dos últimos tempos”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de Minas Gerais, Eliana Brasil.
A representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar, Lucimar Gonçalves, destacou que a única forma de enfrentar o sistema que ataca a classe trabalhadora, representados pelos governos estadual e federal, é com unidade sindical e social.
“Vivemos em tempos tenebrosos, de retirada de direitos e nossa postura é de trazer o combate ao racismo como uma das bandeiras da CUT Minas. Isso requer mais participação no debate, seja nas direções regionais, seja na coordenação-geral”, disse o militante do Movimento Negro Unificado, José Carlos de Souza.
Roda de Conversa – MAB e a luta em defesa dos atingidos por barragens
O programa Roda de Conversa, no último 6/1/2020, recebeu Soniamara Maranho e José Geraldo Martins, militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), para falarem sobre os crimes da Vale em Brumadinho e Mariana, e também debaterem sobre as lutas do movimento.
“O MAB não é uma assessoria para os atingidos. É um movimento que diz a essas pessoas que podem ser sujeitos do processo de reconquistar os direitos usurpados pelas grandes empresas e mineradoras”, disse Soniamara.
Segundo ela, o MAB se organiza pelo direito dos atingidos, pela construção de um projeto energético popular e “também para construir uma sociedade feliz, onde toda a riqueza produzida pelos trabalhadores seja distribuída entre os trabalhadores e trabalhadoras.”
O militante do MAB, José Geraldo, ressaltou a importância de toda a sociedade se responsabilizar pela luta contra a mineração predatória. “Hoje, nós temos as bacias do Rio Doce e do Paraopeba contaminadas. São lugares onde produzem alimentos que pessoas de todo o estado consomem. A poeira deixada pela lama de rejeitos é transmitida pelo ar e milhares de pessoas inalam, muitas já com problemas respiratórios graves. Somos todas e todos atingidos. ”
Soniamara aproveitou o momento para convidar a todos e todas para a Marcha e Seminário Internacional dos Atingidos e Atingidas por Barragens, que acontecerá entre os dias 20 e 25/1/2020.
Roda de Conversa – Jornada de Lutas do MAB em janeiro
O crime da Vale em Brumadinho completa um ano no dia 25/1/2020. O programa Roda de Conversa recebeu o coordenador estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Moisés Borges de Oliveira, para falar sobre as atividades de luta nesse período.
A Jornada de Lutas do MAB acontece entre os dias 20 e 25/1/2020 e contará com a presença de movimentos sociais e sindicais. “Estarão conosco o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas de Gerais, sindicatos ligados ao funcionalismo público e outras entidades. Internacionais, teremos a presença do Movimento de Afetados por Represas, que são da América Latina, abarcando Colômbia e Cuba, e alguns movimentos da Europa.”
Ele afirmou que o ex-presidente Lula também já confirmou participação.
A jornalista do Brasil de Fato, Joana Tavares, destacou o papel da mídia no processo de reparação e luta por justiça. “A comunicação tem uma função de jamais deixar que as pessoas assassinadas sejam esquecidas. Precisamos falar dessa responsabilidade.”
Ela ainda disse que o crime em Brumadinho matou muitos trabalhadores e trabalhadoras, o que demonstra um descompromisso das mineradoras, especialmente da Vale, na garantia de segurança no ambiente de trabalho.
O programa “Outras Palavras” é uma produção do Sind-UTE/MG e é veiculado aos sábados, das 10h às 10h:30, nas TV’s: Band Minas (em todo o Estado), Candidés (Divinópolis e Região) e na Band Triângulo. Você pode acompanhar também essa produção pelo Canal do Sind-UTE/MG no Youtube.
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