Veja no Programa Outras Palavras que será veiculado no próximo dia 1° de junho de 2019

Veja no Programa Outras Palavras de 1° de junho de 2019

As mobilizações dos profissionais da educação

Jovens, não se deixam enganar com a Reforma da Previdência!

As mentiras sobre a Reforma da Previdência que o governo não quer te contar

As principais lutas dos profissionais da educação

A comunidade escolar e a classe trabalhadora estão juntas na defesa de direitos essenciais tais como: educação e aposentadoria.


15 de maio: dia histórico de luta em defesa da educação pública e contra a Reforma da Previdência

No último dia 15 de maio, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) atendeu à convocação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e participou da Greve Nacional da Educação em defesa da educação pública e também contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro.

Houve um grande ato no auditório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde estudantes, educadores, lideranças sindicais e parlamentares se juntaram para um amplo debate sobre os impactos da Reforma da Previdência.

A representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG, Thaís Mátia, falou sobre a importância do ato no dia 15 e da discussão sobre direito à aposentadoria. “Quando o Bolsonaro faz esses cortes, ele faz um ataque à humanidade e a todos nós. Ter essa organização de luta representa um pontapé para fazer os enfrentamentos estruturais ao governo.”

“Essa foi uma demonstração de que podemos intervir em nossa realidade. Vamos derrotar a Reforma da Previdência e o contingenciamento de gastos impostos a todos e todas nós pelo governo Bolsonaro e pelo representante dele aqui em Minas, o governador Romeu Zema”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano.

O coordenador do DCE da UFMG, Gabriel Lobo, falou sobre o papel dos jovens na defesa da educação. “A juventude não é ingênua e tem consciência dos seus direitos. Sabemos o poder de mudar nossa história, porque seremos os responsáveis por construir um novo Brasil amanhã. E esse processo começa hoje. E esse 15 de maio foi um ato histórico!”

A reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, aproveitou o momento para lembrar-se das violências cometidas contra às universidades federais. “Sofremos um ataque no campo simbólico muito preocupante. O atual governo deslegitima o papel de nossas instituições e o investimento público. Precisamos fazer com que as pessoas saibam que, para além da formação humana, esses espaços são responsáveis por 95% da pesquisa do Brasil, fazendo extensão e participando da elaboração de políticas para a sociedade.” A reitora também celebrou o ato e disse que “o caminho da educação é a juventude.”

“Essa política conseguiu, de certa maneira, unir os professores, servidores que atuam na educação e estudantes. Então é um momento de mostrar que todos têm pensamento crítico e sabem muito bem o que querem. O melhor para o nosso país. Vamos garantir o cumprimento da nossa Constituição e defender a educação pública de qualidade”, disse o ex-reitor da UFMG, Jaime Ramírez.

A deputada estadual, Beatriz Cerqueira, também participou do debate. Ela falou da necessidade de dimensionar o ato e da responsabilidade de luta. “Essa mobilização é, sem dúvida, a maior em defesa da educação desde a redemocratização do Brasil. Temos uma grande responsabilidade organizativa, fazer uma luta maior que essa, chegar ao povo, às questões concretas da vida. É preciso reconhecer o momento histórico de hoje e falar da construção que está sendo feita, furando bolhas.”


Márcio Pochmann defende a Previdência Pública na ALMG

O presidente da Fundação Perseu Abramo, professor da Unicamp e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (IPEA), Márcio Pochmann, esteve recentemente, a convite da deputada Beatriz Cerqueira, em audiência pública da Comissão de Trabalho, da Previdência e Assistência Social na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ele fez uma análise do cenário político atual e saiu em defesa da Previdência Social.

“O que está em jogo não é uma melhoria da Previdência. É a destruição. Existe um conceito que ganhou envergadura desde 2016, que é enxergar o Brasil como um país periférico, assim, nosso projeto de Estado precisa ser apequenado e subordinado a grandes nações. Isso é o que o Bolsonaro faz hoje, retirando direitos e submetendo-se aos Estados Unidos.”, ressaltou, Márcio.

Ele ainda falou sobre os altos índices de desemprego e a falaciosa ideia de que a Reforma traria a solução para o problema.


Sind-UTE/MG na luta pelos direitos dos/as trabalhadores/as em educação

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, fala sobre a recente reunião que a direção do sindicato teve com membros do Estado, momento em que foi apresentada a pauta de reivindicações da categoria.

“Fomos fazer as cobranças da nossa pauta, pois, até o momento ela não foi atendida. Cobramos o pagamento do Piso Salarial Nacional, a nomeação de concursos públicos, o retorno das Escolas de Tempo integral, a qualidade do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) e outras questões que estão estrangulando a categoria. O Governo Zema condicionou tudo à liquidação total do Estado”, disse Denise.

Os desafios da Educação

Denise chama atenção para a postura da gestão federal com a educação pública. “O governo Bolsonaro colocou toda a comunidade escolar como inimiga do Estado a ser combatida e exterminada. Um das formas de fazer isso é nos tirar a aposentadoria. E falando especificamente na educação, nossa categoria é a que mais tem desgaste no trabalho, com a saúde física e mental já comprometidas, diante da desvalorização e precarização que já sofremos.”

Os cortes na Educação

Os cortes na educação estão no Brasil inteiro, e épor isso que estudantes e a juventude foram às ruas se manifestarem, ainda mais num contexto de perversidade e de negação de direitos como tem sido no governo Zema.

“A gestão estadual fez cortes na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), na educação básica, reduziu 81 mil vagas no programa Escola de Tempo Integral. O governador tem feito uma gestão bastante conservadora no que diz respeito a investimentos”, disse Denise.

Os perigos da Reforma a Previdência

“Essa Reforma vai atingir 98% da população que ganha até dois salários mínimos. Embora o governo jogue pesado em propagandas, sua proposta vai retirar privilégios. Mas isso ele não fala”, disse Denise. Ela também falou sobre a redução do valor das pensões por morte, que traz grandes impactos aos aposentados e às aposentadas.

A necessidade de lutar por um país melhor

“Para nós, fica a tarefa da denúncia, disputa de opinião e do esclarecimento à população, que tem sido enganada com as propagandas sobre possíveis melhorias no país se Reforma for aprovada. Um governo que nos seus cinco meses de atuação não promoveu uma medida sequer para gerar emprego e colocar a economia para funcionar”, ressaltou.


O programa “Outras Palavras” é uma produção do Sind-UTE/MG e é veiculado aos sábados, das 10h às 10h:30, nas TV’s: Band Minas (em todo o Estado), Candidés (Divinópolis e Região) e na Band Triângulo. Você pode acompanhar também essa produção pelo Canal do Sind-UTE/MG no Youtube.

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