Veja no Programa Outras Palavras que será veiculado no próximo dia 22 de junho de 2019

Veja no Programa Outras Palavras de 22 de junho de 2019

As principais lutas dos profissionais da educação

Não à Reforma da Previdência

Educadores paralisam as atividades em Minas Gerais


15 de maio – Greve Nacional da Educação

Vamos lutar, sim, pelos nossos direitos. Não à Reforma da Previdência!

Na Greve Nacional da Educação, 15/5/2019, em Belo Horizonte, a luta em defesa da educação pública e contra a Reforma da Previdência reuniu mais de 200 mil pessoas nas ruas da capital.

A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano, falou sobre a importância de enfrentamento também no âmbito estadual. “Esse dia foi uma grande demonstração de unidade da classe trabalhadora mineira. Aqui é uma luta contra o representante de Bolsonaro no estado, o governador Romeu Zema. Ele só promove mais cortes, demissão de trabalhadores e também é a favor da Reforma da Previdência.”

A deputada estadual e diretora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, reafirmou que a disputa é pelo direito à aposentadoria e a uma educação pública de qualidade social.

O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Jairo Nogueira, lembrou que a Reforma já havia sido apresentada pelo governo Temer, mas, disse que a nova proposta de Bolsonaro ataca ainda mais os direitos do povo.


Sind-UTE/MG participa de audiência pública na ALMG e denuncia casos de negligência da perícia médica

As principais lutas dos profissionais da educação.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) participa de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e denuncia casos de negligência da Superintendência Central de Perícia Médica e Saúde Ocupacional (SCPMSO) do Estado.

A audiência foi solicitada pela deputada Beatriz Cerqueira, que também é da direção do Sindicato. Ela destacou os problemas pelos quais a categoria passa. “O que nós identificamos é uma enorme desconexão entre a realidade das pessoas e dos serviços de perícia no estado. No caso da aposentadoria, as pessoas são declaradas como inaptas para o trabalho, mas não são encaminhadas para se aposentarem. Então ficam sem salário, sem trabalho, sem aposentadoria.”

A Assistente Técnica de Educação Básica, Natalice de Oliveira, mostrou o resultado do descaso e da negligência do Estado e dos prejuízos que já se acumularam para a sua saúde. “Eu tirei licença em 2015 para tratar de fortes dores que sentia na coluna e irradiava pelo resto do corpo. Em 2016, descobri uma insuficiência renal crônica, que foi agravada pelos remédios que tomava. Hoje já estou há um ano passando por um tratamento de hemodiálise, três vezes na semana,  e na fila de espera pelo transplante. Eu fiquei sem chão”, se emocionou!

A diretora estadual do Sind-UTE/MG, Maria Mirtes de Paula, também relatou descaso da perícia com uma trabalhadora, vítima de um acidente dentro da cantina escolar. Segundo ela, a colega, com sequelas e depressão, foi considerada apta para voltar ao emprego. Outras trabalhadoras, por meio de seus depoimentos, comprovaram na audiência que a perícia médica encontra-se sucateada e com tratamento inadequado aos periciados/as.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, assim como várias pessoas presentes, disse que as denúncias não são situações isoladas ou pontuais. Ela ainda reafirmou o compromisso do Sindicato na luta em defesa de melhores condições de atendimento e trabalho à categoria.


30 de maio – Luta em defesa da educação pública e contra a Reforma da Previdência

Todos e todas contra a Reforma de Bolsonaro.

No dia 30 de maio, a classe trabalhadora e a comunidade escolar demonstraram, mais uma vez, que é preciso lutar contra os cortes na educação pública e pelo direito à aposentadoria. Em Belo Horizonte, mais de 250 mil pessoas ocuparam as ruas pela disputa de outro projeto político de país.

“A luta dos estudantes nesse momento é pela educação, contra os cortes no repasse de verbas, é a luta das mulheres na faculdade, da pós-graduação, do mestrado, do doutorado. Do ensino superior público e gratuito”, assim o estudante Alex Teixeira definiu a data.

Outros estudantes disseram que sem pesquisa, ciência e educação não há como o país avançar. Alguns ainda criticaram o empenho do governo em regulamentar o porte e a posse de armas. “A melhor e maior arma são os livros”, disseram.

O secretário-geral da CUT/MG, Jairo Nogueira, lembrou que o ato é fruto de uma luta coletiva, envolvendo educadores, estudantes, classe trabalhadora e o movimento sindical.


Roda de Conversa pauta a luta contra a Reforma da Previdência

O secretário-geral da CUT/MG, Jairo Nogueira, disse que o povo precisa se levantar e ir para as ruas contra a “deforma”.

A PEC 06/2019, da Reforma da Previdência, foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em Brasília, no dia 23 de abril de 2019. Caso seja aprovada pela Comissão Especial, irá para votação na Câmara dos Deputados.

Jairo alerta para a falaciosa proposta que Bolsonaro quer submeter ao povo brasileiro. “É preciso estarmos atentos, porque quando os banqueiros e empresariado defendem tão arduamente essa proposta alguma coisa ganharão lá na frente. E quem perde nisso somos nós, trabalhadores/as.”

A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes), Cristina del Papa, chama a atenção para a compra de parlamentares na aprovação da proposta. “Se a Reforma fosse boa, o governo não ofereceria R$ 40 milhões a 513 deputados e mais R$ 40 milhões para 81 senadores.Quem ganha com isso? O grande capital.”

No contexto de disputa por outro projeto político, Jairo Nogueira fez uma leitura da Greve Geral do dia 14 de junho. “Nós tivemos um envolvimento de muitas categorias na paralisação das atividades. Foi um resultado de longas insatisfações, à exemplo a reforma trabalhista, o congelamento de investimentos na saúde e educação por 20 anos, com a provação da Emenda à Constituição 95/16, o aumento do desemprego e os cortes no repasse de recursos às universidades federais.”

A presidenta do Sindicato dos Professores Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH), Stella Goulart, ressaltou que é preciso mostrar as frentes de resistência presentes em todos os estados, as quais realizam um trabalho de interlocução com a população sobre a política nacional.

A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano, reforçou que a Reforma da Previdência, ao contrário do que diz o governo federal, irá atingir toda a classe trabalhadora e também aos/às aposentados/as. Segundo ela, é preciso garantir o entendimento de que a proposta só ataca direitos da classe trabalhadora, em detrimento do lucro de bancos e previdências privadas.

A representante do Levante Popular da Juventude, Paulinha Silva, destacou a necessidade de cobrar dos/as deputados/as federais eleitos/as. “Para ser aprovada, caso vá à votação na Câmara, são necessários 308 favoráveis. Precisamos cobrar dos parlamentares que nos representam, porque se essa Reforma passar nós não iremos perdoar.”


14 de Junho – Greve Geral da classe trabalhadora

Podem ir se acostumando. Teremos luta!

A Greve Geral do último dia 14 de junho teve concentração logo cedo na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte, onde diversas categorias se encontraram para uma caminhada até a Praça da Estação. A manifestação reuniu cerca de 300 mil pessoas.

Os profissionais da educação, vindo de várias regiões do estado, chegaram para protestar contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro e a retirada de recursos na educação.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, falou da política do governo Bolsonaro. “Fomos eleitos/as como inimigos/as do governo, do Ministério da Educação. Por isso, seremos mais prejudicados/as com a Reforma da Previdência. Será retirado o direito à aposentadoria especial, justamente nossa categoria que é adoecida, com exigências física e emocional. Além disso, não terá mercado de trabalho para futuros trabalhadores, já que não conseguiremos aposentar.”

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Núbia Dias, disse que “não é possível compactuar com uma Previdência que se sustenta em apenas uma fonte de recurso. É preciso ir à luta!”

O professor da rede superior de ensino, jornalista Getúlio Neuremberg, explicou a quem interessa a Reforma da Previdência. “Nós temos um exemplo próximo de que esse regime de capitalização proposto não funciona. O Chile, quando implantou a Reforma da Previdência durante a ditadura de Pinochet, hoje lida com aposentados recebendo valores menores de um salário mínimo. Isso só é bom para quem tem dinheiro, privilegiando o individualismo.”

O médico e secretário-geral do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Bruno Pedralva, ressaltou os malefícios da proposta. “Essa Reforma da Previdência é um escárnio. Perderemos salários, porque aumentaram as alíquotas de contribuição, e vamos ter que trabalhar mais. Sem contar que os/as aposentados/as perderão o reajuste anual da inflação.”

“O único instrumento que pode tirar o Brasil dessa situação é estar nas ruas, já que o governo mente sobre o que está por trás dessa Reforma”, afirma o jornalista aposentado, Adilson Fernandes.

O jardineiro Marinho Mendes também falou da importância em ocupar as ruas pelos direitos dos/as trabalhadores/as e exclamou que “não é possível aguentar tanto descaso com Brasil. Essa Reforma só ajudará aos ricos!”

Ao longo de todo o trajeto, palavras de ordem e cartazes dizendo “Somos contra a Reforma que vai tirar os direitos da classe trabalhadora” tomaram conta das ruas de Belo Horizonte.

A deputada estadual e diretora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, mandou um recado para o governador de Minas. “Aqui não! Respeite as nossas universidades estaduais, LGBT’s, quilombolas, mulheres e indígenas. Romeu Zema, você não nos representa com sua política privatista. Por isso, tire as mãos da Copasa, da Gasmig e da Cemig! Não vamos aceitar a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) que é uma afronta à nossa soberania, ao povo mineiro”, protestou.

O coordenador do Diretório Central dos Estudantes da Universidade federal de Minas Gerais, Gabriel Loppo, demonstrou a força de luta da juventude. “Esse 14 de junho foi um dia de vitória da classe trabalhadora e, especialmente, dos estudantes. Se depender de nós, não sairemos das ruas. Por isso, é melhor o Bolsonaro recuar com essa proposta que só ajuda banqueiros e atinge de maneira maléfica a toda população.”


O programa “Outras Palavras” é uma produção do Sind-UTE/MG e é veiculado aos sábados, das 10h às 10h:30, nas TV’s: Band Minas (em todo o Estado), Candidés (Divinópolis e Região) e na Band Triângulo. Você pode acompanhar também essa produção pelo Canal do Sind-UTE/MG no Youtube.

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