
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou o reajuste de 5,26% imposto pelo governo Zema. Com esta decisão, o governo mineiro continua violando a legislação e os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras em educação. Pior: é um gesto que evidencia o descaso com o ensino público e com a valorização dos educadores, educadoras e demais setores da educação pública.
Mais uma vez, Zema segue fora da lei, mente e engana com o discurso raso da proporcionalidade e descumpre a Lei do Piso Salarial Nacional que estabelece um reajuste de 6,27% (percentual fixado para a recomposição do piso do magistério em 2025). Este percentual representaria um salário de R$ 4.867,77 para profissionais de nível médio.
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CORROSÃO
Ocorre que em Minas Gerais a formação exigida para ingresso na carreira é de nível superior, portanto, o Piso para professores com licenciatura plena deveria ser maior que o Piso para quem tem formação de nível médio. Isso significa ainda que o Piso para os profissionais de nível médio deveria ser de R$ 3.436,30. Pelo texto, o salário base de um professor com um cargo completo no Estado, que é de 24 horas semanais, passa de aproximadamente R$ 2,7 mil para R$ 2.920,66. Esse valor equivale a pouco menos que dois salários mínimos.
Diante desta situação, resta ao Sind-UTE e aos trabalhadores e trabalhadoras na educação seguir mobilizados e lutando contra os desmandos do governo Zema, buscando reduzir danos e construir caminhos para superar esta trágica fase da história da educação pública mineira.
O Sind-UTE/MG reafirma sua disposição de seguir lutando pelos demais itens da pauta da Campanha Salarial/2025, entre os quais destacamos:
● Recomposição do vencimento básico inicial para a 8 carreiras da educação, em 74,43% repercutindo em todos os níveis e graus das carreiras, de modo a atingir o Piso Salarial Nacional na rede estadual de ensino de Minas Gerais;
● Efetivação do pagamento imediato e corrigido de todas as verbas retidas;
● Destinação dos recursos do precatório do FUNDEF – ACO (STF) e processo judicial nº 1999.61.00.050616-0 (TRF3), aos trabalhadores/as em educação nos termos da legislação do FUNDEF;
● Concessão da promoção por escolaridade aos profissionais da educação, no mês subsequente à comprovação da titulação necessária para o nível pretendido, através de protocolo;
● Garantia de avanços na negociação das demandas específicas dos/as servidores/as das Superintendências Regionais de Ensino e do Órgão Central;
● Realização de concurso público para as 8 carreiras da educação básica;
● Implementação e pagamento imediato do adicional de insalubridade para a carreira das ASBs;
● Reajuste do valor do auxílio transporte e ampliação do benefício para todos os profissionais da educação básica independentemente do número de habitantes do município;
● Alteração da legislação estadual a fim de adotar o teto do Regime Geral da Previdência Social (INSS) como parâmetro de salário abaixo do qual não haverá incidência de contribuição previdenciária de aposentados e aposentadas, tal como ocorria antes da alteração feita pela Lei Complementar 156/2020;
● Colocar fim aos sábados letivos e dias escolares na rede estadual de ensino, garantindo o descanso dos/as profissionais da educação;
● Cessação e revogação dos processos de privatização da educação pública, a exemplo do Projeto Somar, de terceirização da educação e de transferência de matrículas para os municípios, através de atendimento ou Projeto Mãos Limpas;
● Garantia da oferta educacional para todos os níveis e modalidades de ensino da educação básica, pela rede estadual de educação tem todos os município, conforme demanda de cada comunidade escolar;
● Cumprimento das metas do Plano Decenal Estadual de Educação e do Plano Nacional de Educação no Estado de Minas Gerais;
● Implementação da negociação permanente para a) Tratar de atos normativos e legislações, que interferem e modificam a vida funcional; b) Garantir condições de trabalho dos profissionais de educação (Tratar conflitos e demandas decorrentes das relações de trabalho, tais como: concessão de licença para cursar mestrado;
● Assegurar afastamento com remuneração total da jornada de trabalho sem prejuízo funcional da avaliação de desempenho, direito às férias prêmio, pagamento de todos os direitos funcionais – progressão por escolaridade, carreira, revisão de subsídios, etc), escuta dos professores e especialistas sobre melhorias do DED (Diário Escolar Digital);
● Assegurar diálogo permanente para tratar de assuntos relativos à efetivação da educação pública de qualidade social;
● Cumprimento da Lei 11.738/2008, com pagamento do PSPN para formação em nível médio, readequando a Lei 15.293/2004 elevando o vencimento básico dos níveis superiores conforme percentuais previstos na referida Lei estadual que estabelece a carreira dos profissionais da educação básica de MG.
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10 Comentários. Deixe novo
Zema é o pior governo da história para a educacão. Força SidUte nós venceremos É um golpe essa Pec da aposentadoria de professora e professor , um desrespeito total. A porcentagem alta da contribuição do INSS e Ipsemg para os contratados e convocados , não tem direito à recisão de contrato , para onde vai o nosso direto e o nosso dinheiro não pago a nós ?
Parabéns à todos(as) do sindicato. Temos que continuar essa luta até a vitória.
[email protected]
No meu entendimento o Sindiute precisa encontrar outras formas de reivindicar os direitos dos profissionais da educação só com manifestações não esta surtindo efeitos será se não é o momento de focar via justiça !
Parece que reunir, debater, questionar os problemas relacionados à educacao, com os deputados virou rotina. E a gente fica gastando saliva tentando mostrar a eles o nosso valor enquanto ser humano e profissional, mas o interesse dos deputados está única e exclusivamente ligado ao voto que arrancam de nós para serem eleitos, receberem um salário vultoso para terem uma vida regalada dentro dos padrões que nós nunca como funcionários do Estado conseguiremos alcançar
Desde a sua primeira canditadura o meu voto é para a deputada Beatriz Cerqueira que mostra serviço, que se interessa pelos nossos problemas
Temos que ter sentimento não votaremos nestes elementos nunca mais. Se agente desta forma somos culpados tudo que eles nos exigem agente faz .porque agora estamos aqui para perdo Los se merecem
Zema saia da caz8nha . não há necessidade de esconder
Meu salário e de 1460 reais sou asv estadual a 21 anos e tenho 67 anos e não sou aposentado
O homem é tão ruim, carne de pescoço mesmo. Por mim ele ficaria nessa “casinha” pra sempre, encurralado, para pagar pelos erros, maldades cometidos com o funcionalismo público do Estado de Minas Gerais.
Com a Localiza ele é tchutchuca! Com os professores ele é tigrão!…