Aposentados/as reclamam de desvalorização salarial em plenária realizada em Uberaba

Anos de dedicação e valorização zero. Este é o sentimento dos profissionais da educação que hoje estão aposentados. A revolta foi percebida

Anos de dedicação e valorização zero. Este é o sentimento dos profissionais da educação que hoje estão aposentados. A revolta foi percebida em Uberaba, durante Plenária realizada pelo Sind-UTE/MG.

Os/as aposentados/as avaliam que a regulamentação do modelo de remuneração por subsídio, por parte do Governo do Estado, trouxe inúmeros problemas para eles. Afirmam também que, por meio do novo sistema, profissionais com 30 anos de serviços prestados à educação foram enquadrados na nova tabela como se tivessem apenas seis anos.

“A aprovação do subsídio tirou qualquer perspectiva de futuro dos aposentados e isso é muito prejudicial, não só do ponto de vista financeiro, mas também de saúde, uma vez que hoje, por meio dessa desvalorização, muitos estão adoecidos”, denunciou a diretora estadual do Sind-UTE subsede Uberaba, Maria Helena Gabriel. Na oportunidade, ela também denunciou que existem casos na cidade de pessoas que se aposentaram por invalidez e recebem valor inferior ao salário mínimo em vigor no país.

IPSEMG – Outro problema apontado diz respeito ao atendimento do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), que recebeu muitas críticas dos educadores/as. “Além de conviver com baixos salários, os trabalhadores se deparam com um péssimo serviço público de saúde”, afirmou Maria Helena Gabriel, informando que são apenas 20 médicos para atender todo o funcionalismo na cidade. Reclamou ainda que faltam profissionais de várias especialidades médicas.

Presente à atividade, a coordenadora-geral do Sindicato, Beatriz Cerqueira, criticou as ações do governo também em relação aos aposentados. “O modelo do subsídio resultou em um congelamento da carreira do/a servidor/a, uma vez que o servidor é rebaixado e não tem perspectiva de progresso. Essas ações vêm contribuindo decisivamente para o adoecimento e o aumento da baixa estima dos/as educadores/as. Temos que mudar esta realidade e a nossa união é fundamental para alcançarmos nossas reivindicações”, afirmou.

“A triste realidade dos aposentados é o recorte claro do descompromisso do Governo do Estado que, ao longo dos anos, vem destruindo vidas e sonhos por meio da retirada de direitos da classe trabalhadora”, concluiu a coordenadora do Departamento Jurídico do Sind-UTE/MG, Lecioni Pereira Pinto.

 

Compartilhe nas redes:

Nenhum resultado encontrado.