Data: 28/04/2018

Veículo: Super FM 91,7 – MG (Belo Horizonte / MG) – Super N Primeiras Notícias

No mesmo dia em que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais acolheu o pedido de impeachment do governador Fernando Pimentel por crime de responsabilidade, o Governo do Estado não depositou a segunda parcela do salário de 15% do funcionalismo público mineiro.

Desde fevereiro de 2016, o Estado vem escalonando o salário dos servidores em até três vezes, dependendo da faixa salarial. No final do ano passado, além de receber parcelado, o servidor começou a ter dor de cabeça com atrasos recorrentes do depósito das quantias. Além do atraso do pagamento das parcelas do salário, servidores que têm empréstimos consignados enfrentam outro problema: eles correm o risco de ter seus nomes incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito. Desde novembro do ano passado, O Tempo vem noticiando que o Governo de Minas não tem efetuado a transferência do recurso para instituições financeiras que concedem empréstimo consignado para o servidor do Estado.

O dinheiro é descontado direto no contracheque pelo governo, mas não é repassado. Essa prática vem causando transtorno para o servidor, que tem seu nome incluído no SPC sem ter responsabilidade pela inadimplência.

A Secretaria de Estado de Fazenda informou, por meio de nota, que o motivo do último atraso no depósito da remuneração dos funcionários é o fluxo insuficiente de caixa. Ainda de acordo com a secretaria, os valores seriam depositados até o final do dia dessa sexta-feira. No entanto, a pasta não informou o motivo do atraso para os 15% dos servidores. Uma das categorias que não receberam o salário é a dos professores, que estão em greve desde a última segunda-feira.

De acordo com a peça do impeachment elaborada pelo advogado Mariel Marra, o motivo para que o governador petista perca o cargo no Executivo e ainda fique inelegível por oito anos são os diversos atrasos do Governo de Minas nos repasses devidos às prefeituras mineiras, a fornecedores do Estado e, mais recentemente à Assembleia, além dos atrasos e do escalonamento dos salários dos servidores.