24° Grito das Excluídas e dos Excluídos em Belo Horizonte

Com a participação representativa de entidades do movimento sindical, como a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), CTB, dos movimentos sociais, estudantil, congregações, igrejas e lideranças políticas, integrantes da Frente Brasil Popular, o 24º Grito das Excluídas e dos Excluídos saiu pelas ruas do Centro de Belo Horizonte na manhã deste feriado de 7 de setembro. Com o histórico mote “A vida em prineiro lugar”, a manifestação neste ano teve como tema “Desigualdade gera violência: basta de privilégio”. Os representantes de vários setores se uniram na luta contra a crescente exclusão, consequência do golpe, do desemprego, da reforma trabalhista, da terceiricação irrestrita, das privatizações e do corte por 20 anos nos investimentos em educação, saúde e políticas sociais.

Durante a concetração, na Praça da Rodoviária, e na maior parte do trajeto da marcha, os manifestantes foram impedidos pela Polícia Militar de usar o carro de som da CUT/MG. Os militares exigiram uma série de documentos, sem qualquer critério, e não cederam nem ao menos aos pedidos do deputado estadual e candidato a deputado federal Rogério Correia.

Na concentração, que começou às 9 horas, diversos movimentos realizaram intervenções em defesa da democracia, de direitos e fizeram manifestações sobre as próximas eleições. Militantes e integrantes das ocupações fizeram um ato pelo direito à moradia. Por volta das 10h30, a marcha teve início. Os manifestantes dialogaram com a população seguindo pela Rua Curitiba, passando pela Avenida Augusto de Lima, pela Avenida Amazonas até chegar à Praça Sete. Durante a ocupação da praça, representantes dos movimentos se manifestaram sobre os temas do 24º Grito, que foi encerrado às 13 horas.

“O tema deste ano é muito relevante e acertou em cheio na disputa de conjuntura. Tivemos uma participação muito representativa de diversos movimentos, sindical e sociais, de congregações, igrejas, muitas entidades. Todos juntos na luta contra as reformas, a privatização e o corte de investimentos. Fizemos uma grande manifestação em defesa da democracia e de direitos”, disse Frederico Santana Rick, do Vicariato da Arquidiocese de Belo Horizonte, um dos organizadores do Grito das Excluídas e dos Excluídos.

“A CUT traz seu apoio ao Grito no momento em que somos excluídos da democracia, do emprego, das riquezas deste país. Em que vemos a miséria se alastrando, sofremos com o crescimento da população de rua. Em um país tão rico não tem o menor sentido ficarmos excluídos. Com Lula Livre é que vamos fazer a conjuntura mudar nas eleições. É com a Lula Livre que vamos sair da exclusão. Vamos voltar a ser felizes”, afirmou Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG, que representou o movimento sindical em sua fala.

Soberania nacional

notice

O Grito das Excluídas e dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.

Desde 1995, o Grito das Excluídas e dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro. É o dia da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito.

Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar. O Grito é um processo, que compreende um tempo de preparação e pré-mobilização, seguido de compromissos concretos que dão continuidade às atividades.

Fonte CUT/MG

Compartilhe nas redes:

Nenhum resultado encontrado.