2ª Plenária Intercongressual da CNTE discute piso salarial e plano de carreira

Nesta sexta-feira (7/8) começou a 2ª Plenária Intercongressual da CNTE, no Hotel Nacional, em Brasília. Hoje e amanhã serão discutidos, com cerca de 500 representantes de sindicatos de educação de todo o País, o Piso Salarial Profissional Nacional e as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira dos Profissionais da Educação Pública Escolar.

Durante a abertura, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, enfatizou a luta da Confederação nesses 25 anos de unificação e destacou a necessidade de conquista do piso salarial e plano de carreira unificados.

“A proposta para o debate atende um desejo de 25 anos atrás, apresentado durante congresso, no estado de Sergipe. Nosso trabalho é trazer qualidade e valorização para os educadores. Com muito empenho, conquistamos o piso nacional do magistério e agora vamos unificar o piso e o plano de carreira para todos os profissionais em educação. Que nessa plenária possamos construir um documento completo para entregarmos às autoridades”.

A vice-presidente da Internacional da Educação na América Latina (IEAL), Fátima Silva, discorreu sobre o orgulho de lutar por um ensino de qualidade. “O nosso trabalho é melhorar cada dia mais a educação e fazer com que as metas do PNE sejam cumpridas. Hoje estamos desenhando os próximos anos desta confederação e resguardando o que construímos”.

Marilene Betros, diretora executiva da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, destacou a importância da luta pela democracia. “Precisamos nos unir em defesa da Petrobras e do destino dos recursos da educação. Não podemos deixar o Plano Nacional de Educação ser uma letra morta. O PNE é uma conquista que institui a valorização dos educadores”.

Para Antonio de Lisboa, secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Brasil vive um momento complexo em relação ao seu crescimento. “Ainda temos muito que melhorar na educação. Estamos passando por um processo delicado na situação do País, de profundo risco para a democracia. É nossa responsabilidade lutar pela manutenção dos direitos conquistados pelos trabalhadores”.

Após a abertura, foi feita a leitura e aprovação do regimento da Plenária, sob a coordenação do presidente Roberto Leão, além de análise da conjuntura com o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Felício.

“Não é possível resolver os problemas da educação com os professores lecionando na situação em que eles estão hoje. É desgastante participar de um processo educacional de uma escola sem infraestrutura adequada, que não consegue visualizar novos materiais para desenvolver um bom trabalho. A luta pelo piso profissional, não é simplesmente para que nossa categoria ganhe um salário melhor, mas para que tenhamos qualidade de ensino. Se não conseguirmos resolver os gravíssimos problemas da educação brasileira, o Brasil jamais será uma grande economia, jamais será um País em condições de competir internacionalmente, e jamais será um País democrático”, destacou o presidente da CSI.

Durante apresentação dos documentos de base, o secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Heleno Araújo, associou a realização desta Plenária com a conquista do PNE. “O debate nos leva a discutir um piso referenciado na lei do magistério, que, pelos cálculos da Confederação, coloca esse piso para o ano de 2015, no valor de 2.650 reais. Vamos debater o desenvolvimento da carreira com percentuais que valorizem a categoria, que mantenham os profissionais dentro da educação e que motivem a juventude a procurar essa profissão”.

No período da tarde serão formados grupos de trabalho para debater as emendas dos projetos e amanhã (8/8) a programação continua com a plenária deliberativa.

(Site CNTE – 08/08/15)

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