ACE, ACS e guardas municipais fazem ato unificado em Belo Horizonte

Depois de decidir, em assembleia geral na Praça da Estação, a continuidade da greve, iniciada no dia 5 de janeiro, agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias (ACE) se uniram aos guardas municipais em passeata pelas ruas do Centro de Belo Horizonte e ato público em frente à prefeitura na manhã desta sexta-feira (16). Na manifestação, coordenada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel) e com o apoio da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), ACE e ACS se solidarizaram com os guardas municipais, que protestaram contra a ação truculenta da Polícia Militar durante incidente na tarde de quinta-feira (15) na Estação Rodoviária. A guarda municipal Lília Emiliano foi ferida no rosto por uma bala de borracha, durante abordagem a um suspeito de fazer transporte clandestino. Ele se identificou como sargento reformado, mas não apresentou documentos, e acionou a PM. Ainda na quinta-feira, houve ato de repúdio na Praça Sete.

ACS e ACS aprovaram a continuidade da greve geral porque a Secretaria Municipal de Saúde não apresentou nova contraproposta para a categoria. A Prefeitura de Belo Horizonte  manteve a proposta apresentada na segunda-feira (12), já recusada por servidores e servidoras. Eles exigem o cumprimento imediato, em âmbito municipal, da Lei Federal 12994/14, que institui o Piso Salarial Nacional da categoria e a inclusão dos ACE/ACS no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores municipais da Saúde. A lei foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em junho do ano passado, mas, até agora, a PBH não cumpriu a legislação.

“Estou aqui para manifestar a minha indignação com o fato ocorrido na quinta-feira e com o prefeito de Belo Horizonte. Enquanto Marcio Lacerda está de férias, trabalhadores e trabalhadoras não recebem um piso nacional. Esta greve não vai acabar até que a prefeitura pague o que deve aos agentes comunitários de saúde e aos agentes de combate a endemias, que lutam por seus direitos e por um plano de carreira. Este é o nosso recado para o prefeito. Tenho a certeza que a solidariedade e o apoio de outras categorias ao movimento de vocês tende a crescer. Trago também a solidariedade da Central Única dos Trabalhadores aos companheiros da guarda municipal”, disse a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira.

ACE e ACS aprovaram também, na assembleia, ato público na portaria da PBH da rua Goiás, às 9 horas da próxima terça-feira (20), quando o prefeito Marcio Lacerda retorna de férias. Nova assembleia geral está programada para a quarta-feira (21), às 14 horas, na Praça da Estação. Os guardas municipais fazem uma paralisação que será até 18 horas, quando servidores entram para o turno da noite e madrugada. Na próxima quarta-feira (21), os agentes farão assembleia, às 9 horas, na Praça da Estação, para definir se haverá greve. Eles querem melhores condições de trabalho, principalmente a autorização para o uso de arma de fogo. 

(Site Rogério Hilário – 16/01/2015)

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