Alinhar o movimento social para derrotar Temer e sua agenda de retrocessos

Plenária nacional começou hoje (7) e debateu programa político da Frente Brasil Popular

Cerca de 350 lideranças de movimentos populares e sindical estão reunidas na Plenária Nacional da Frente Brasil Popular, em Belo Horizonte, para debater o complexo cenário político brasileiro e as formas para barrar a agenda de retrocessos imposta junto com o golpe de Michel Temer. O encontro acontece em 7 e 8 de dezembro.

A unidade do movimento social na articulação de Frente já tem um pouco mais de um ano. Lançada em setembro de 2015, a Frente Brasil Popular é reflexo da unidade em torno da defesa da democracia e por outra política econômica. Diante da crise institucional, as entidades resolveram agir em torno de bandeiras claras e ações comuns e compartilhadas.

Se há alinhamento dos setores que são liderados pelo rentismo, há também coesão dos ativistas que acreditam que a saída da crise em todas as suas facetas – política, institucional e econômica – não deve ser com plano de austeridade, retirada de direitos sociais e trabalhistas.

Análise econômica com Pochmann

De acordo com Marcio Pochmann, a crise está longe de ser resolvida pelo governo do presidente ilegítimo Michel Temer. “A proposta deste governo é retirar verbas dos benefícios sociais”, afirmou. “O enfrentamento à recessão precisa voltar para a nossa pauta. Precisamos dizer não à recessão e defender o emprego para os brasileiros”, enfatizou o economista da Unicamp.

A promessa feita pelo consórcio que promoveu o golpe, de que o país voltaria a ficar estável com a saída da presidenta Dilma Rousseff, não avançou. O que se vê é o contrário: o aumento do desemprego, a indústria retrocedendo e os aliados de Temer, diante do possível cenário de derretimento do atual governo, querendo sair do barco. Consórcio esse formado pelo monopólio da mídia, setores do judiciário, capital financeiro e interesses internacionais.

Ampliar alianças, por Wadson

“O Brasil foi historicamente privatizado, desde as capitanias hereditárias e houve uma subordinação do país aos interesses particulares, como os internacionais”. Segundo o deputado federal Wadson Ribeiro (PCdoB), “Michel Temer já está desgastado e desmoralizado. Os movimentos sociais precisam aproveitar essas contradições e apresentar uma pauta mais ampla para a sociedade”.

“O desafio é de, a partir da unidade da esquerda, ampliar a luta para outros setores que estão preocupados em destravar o desenvolvimento do Brasil. Não pode ser uma frente de um campo só, com um, dois partidos e só os movimentos que já participam”, defendeu Wadson.

As estratégias da Frente Brasil Popular foram debatidas pelas lideranças nacionais divididas em 10 grupos na parte da tarde de hoje (7), discutindo também as suas bandeiras e a atualização de seu programa.

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Crédito: Lidyane Ponciano/Sind-UTE MG e CUT Minas

Por Ana Flávia – Comunicação da FBP

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