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Ato em defesa da saúde e da educação e contra o ajuste fiscal vai às ruas de Belo Horizonte

  • 13/08/2015


Os técnico-administrativos das instituições federais de educação, em greve desde o dia 28 de maio, realizaram na manhã desta terça-feira (11), em Belo Horizonte, ato público em defesa da educação e da saúde públicas, contra o ajuste fiscal e o golpismo juntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), sindicatos CUTistas, Levante Popular da Juventude e movimentos sociais. O protesto do Dia Nacional de Luta, que aconteceu em todo o país, contou com o apoio dos servidores administrativos das Superintendências Regionais de Ensino (SREs), que paralisaram as atividades no dia 27 de julho, Sindieletro, Sindibel, trabalhadores dos Correios, Sinttel, entre outros.

 

Após concentração na Praça da Estação, os manifestantes saíram em marcha pelas avenidas do Centro, com intervenções políticas no Hospital das Clínicas da UFMG e na Praça Sete. Durante todo o trajeto serão distribuídos panfletos sobre os impactos do ajuste fiscal e cortes orçamentários na universidade, além dos motivos da greve dos técnico-administrativos.

 

Um dos objetivos do ato foi chamar a atenção da sociedade para os impactos negativos dos cortes orçamentários na educação, em específico nas universidades e instituições federais de ensino que estão sem condições de pagar as contas de água, luz e telefone, por exemplo, desde o final do ano passado. Os cortes e o ajuste fiscal ainda atingem impacta diretamente nas condições de trabalho e nas condições de ensino dos estudantes destas instituições.

 

A categoria reivindica reajuste salarial de 27,3% , relativo à reposição de perdas com a inflação. A última proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. Entre outras reivindicações estão o aprimoramento da carreira, turnos contínuos com redução da jornada de trabalho para 30 horas, sem ponto eletrônico e redução de salário, revogação da lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para gerir os hospitais universitários das instituições, processo eleitoral paritário para escolha de gestores nas universidades públicas e reposicionamento dos aposentados.

 

Cristina del Papa, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Instituições Federais de Ensino (Sindifes), protestou contra a situação precária do Hospital das Clínicas, unidade hospitalar da UFMG, e denunciou que, com os cortes no orçamento da educação, a universidade só tem verba suficiente para funcionar até outubro. “No Hospital das Clínicas não tem compressas para cirurgias. Falta remédios até para dor de cabeça. Somos 250 mil técnico-administrativos parados, porque queremos não apenas reajuste de salário. Nossa pauta não é só corporativa. Exigimos mais investimentos na educação e na saúde. O orçamento da UFMG é suficiente até outubro. Em novembro e dezembro pode fechar as portas. Não somos contra o governo, somos contra qualquer tentativa de golpe. Mas criticamos a política econômica do governo federal e o ajuste fiscal”, disse Cristina del Papa.

 

“Estamos nas ruas no Dia Nacional de Luta pela educação, pela saúde e contra o ajuste fiscal e em solidariedade aos técnico-administrativos, em greve desde o dia 28 de maio. Eles e o Sindifes contam com o apoio dos servidores administrativos das SERs, que também paralisaram as atividades e estão no enfrentamento com o governo do Estado por correções nas distorções na carreira. A resposta que podemos dar aos cortes nos investimentos na educação e na saúde públicas, ao ajuste fiscal, que impõe a conta da crise aos trabalhadores e estarmos nas ruas. Os donos de bancos tiveram mais lucro e está na hora do governo federal taxar fortunas, punir quem sonega impostos, como as  300 pessoas que depositaram bilhões em contas do HSBC no exterior”, afirmou a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira.

 

“A CUT está na luta com os técnico-administrativos. Esta é a unidade que devemos trabalhar sempre, pois com ela nasceu as condições para sermos vitoriosos. Com ela aprendemos que quem luta, educa e conquista. Não admitimos os cortes que aconteceram na educação e na saúde. Todos têm direito a educação e saúde públicas de qualidade. Os servidores também precisam ser valorizados, para prestar um serviço de qualidade. Estamos nas ruas para pressionar o governo a mudar sua política econômica”, acrescentou.

 

Beatriz Cerqueira convidou a todos a participar do ato de 20 de agosto. “No dia 20 de agosto estaremos novamente nas ruas em defesa da democracia, contra o golpismo e novamente contra o ajuste fiscal. O golpe não é a resposta à conjuntura que estamos enfrentamos. Não aceitamos mais viver  num ditadura, que matou torturou, matou e cerceou totalmente a liberdade. Zelamos para democracia e pela liberdade, defendemos a nação. Fizemos um grande ato e demos nosso recado ao governo e à população”, concluiu a presidenta da CUT/MG.

 

(Site CUT/MG – Rogério Hilário – 11/08/15)



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