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Bancárias e bancários lançam a Campanha Nacional 2015 em Belo Horizonte

  • 19/08/2015


Bancárias e bancários de Belo Horizonte e região lançaram em ato público a Campanha Nacional de 2015, no início da tarde desta sexta-feira (14), na Praça Sete, Região Central da capital mineira. Com o mote “Exploração não tem perdão” e se utilizando dos “sete pecados do capital”, a campanha visa chamar a atenção de toda a sociedade para a situação vivida pelos bancários nas unidades de trabalho. Trabalhadoras e trabalhadores denunciaram a pressão sofrida para o cumprimento de metas, o assédio moral, a falta de segurança e a falta de funcionários, que refletem também na qualidade do atendimento prestado à população.

 

Durante  o ato, que contou com a banda Brasil Paralelo e o grupo de teatro Campanha dos Aflitos, foram coletadas assinaturas para a campanha “+ Empregados para a Caixa Econômica Federal, + Caixa para o Brasil”. Os bancários cobram compromisso assumido pelo banco de realizar concurso e gerar mais de 2 mil postos de trabalho. No entanto, a Caixa contratou, até o momento, apenas em torno de mil.

 

Segundo a presidenta do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Eliana Brasil, a Campanha Nacional 2015 vai se concentrar, também, na defesa do emprego e na criação de novos postos de trabalho. “Os bancos lucraram muito no primeiro semestre. O Bradesco comprou o HSBC usando apenas o lucro. Então, eles têm condições de contratar. A Caixa disse que abriria mais de  2 mil postos de trabalho e se limitou, até agora, a mil. Por isso estamos coletando assinaturas para exigir o cumprimento da promessa. Mesmo com o lucro, o Itaú já demitiu 6 mil em todo o país. Estamos nas ruas buscando o apoio da população, porque ela também é afetada com a redução do quadro de funcionários dos bancos, que demitem seis e contratam apenas um. O atendimento aos clientes é precário. A exploração dos bancários é absurda, com a sobrecarga de trabalho e a cobrança de metas abusivas”, afirmou Eliana Brasil.

 

Entre os pontos centrais da pauta estão o reajuste de 16% (incluindo inflação mais 5,7% de aumento real), valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho de 2015), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e vales-alimentação e refeição maiores.

 

(Site CUT/MG – Rogério Hilário, com informações do Sindicato dos Bancários de BH e Região – 14/08/15)