Bancários e bancárias mantêm mobilização em defesa dos bancos públicos

Categoria faz ato em frente ao Banco do Brasil. Manifestação contra privatização e terceirização será na Praça Sete

Bancários e bancárias se mobilizaram novamente em defesa dos bancos públicos, patrimônio do povo brasileiro, nesta segunda-feira (20), em manifestação em frente à agência do Banco do Brasil na rua dos Tamoios, esquina com rua Guarani, no Centro de Belo Horizonte. A categoria alertou a população e os funcionários do BB sobre a ameaça de sucateamento e de extinção de instituições financeiras públicas pelos tucanos. O ato contou com a participação do deputado estadual André Quintão (PT), reeleito recentemente.

A mobilização continua nesta terça-feira (21), com concentração às 11 horas na Praça Sete. Trabalhadores e trabalhadoras vão protestar contra os riscos de privatizações e terceirizações que o projeto neoliberal também representa. A manifestação será em frente à agência do Itaú, no Edifício Júlia Nunes Guerra.

A categoria bancária em todo o Brasil se mobiliza para mostrar à população o risco representado pelo já nomeado ministro da Fazenda do candidato Aécio Neves (PSDB), Armínio Fraga. Em entrevista ao Instituto Liberal em 2013, Armínio, que é ex-presidente do Banco Central, defende a redução do papel dos bancos públicos na economia brasileira, chegando a dizer que não sabe bem “o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito”.

“O candidato do PSDB tenta enganar a população e ofende bancários e bancárias, ao dizer que vai profissionalizar os trabalhadores. Ele nos chama de incompetentes, quando fomos nós que reerguemos os bancos públicos, sucateados nos governos de Fernando Henrique Cardoso. Hoje, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e até o BNDES dão lucro. A Caixa apresenta lucro há dez anos. Estamos aqui para proteger o que é do povo brasileiro. E alertamos a todos sobre a ameaça de privatização, que significa desemprego, e de reforma trabalhista, que não passa de corte de direitos. Esta é a receita dos tucanos, a receita de Armínio Fraga, que quebrou a Europa”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Eliana Brasil.

“O Armínio Fraga diz que não sabe o que vai sobrar dos bancos públicos. Mas nós temos certeza: não vai sobrar nada. O projeto dele leva ao corte de empregos e congelamento de salários. Não vamos deixar que acabe com os bancos públicos. Estamos mobilizados para defender o patrimônio dos brasileiros”, afirmou José Adriano, secretário-geral do Sindicato.

“O governo Fernando Henrique Cardoso quebrou o Banco do Brasil, que só sobreviveu porque injetaram bilhões nele. Quando Armínio Fraga foi presidente do Banco Central, a inflação superava os 12% e os juros era elevadíssimos. Na época, ele disse que banco público não servia para nada. Nós vimos aqui em Minas Gerais o que os tucanos fizeram com os bancos públicos. Acabaram com a Minascaixa, com o Bemge, com o Credireal. Com eles, os bancos públicos vão virar pó. E o Aécio está preocupado porque falamos a verdade. Ele disse que vai fortalecer o Banco do Brasil. Ora, isto é uma falácia. Com o Fernando Henrique Cardoso, o BB estava acabando. O Armínio Fraga diz que os bancos são gigantes. Isso incomoda a quem está a serviço dos bancos privados”, disse Clotário Cardoso, diretor regional.

“Não tenham dúvidas de que a receita deles é a mesma que afundou a Europa. Precisamos manter o projeto democrático e popular. Temos que avançar. Não vamos permitir privatizações”, afirmou o diretor Helberth de Souza. “Nenhum candidato falaria que vai acabar com o Banco do Brasil. Mas o projeto dele, sabemos, não é bom para trabalhadores da Caixa, do Banco do Brasil e para o país”, disse Luciana Bagno, diretora regional.

Para o deputado estadual André Quintão, os brasileiros estão diante de uma disputa de projetos e, por isso, precisa do máximo de informações para fazer a escolha certa no próximo domingo (26). “O projeto dos tucanos para enfrentar a crise passa por cortes, aumento dos juros. Nós defendemos o projeto que colocou o ser humano em primeiro lugar, a questão social em primeiro lugar, os jovens em primeiro lugar. Isto é que estáem jogo. Precisamos garantir a continuidade do caminho do desenvolvimento. Dizer sim ao Brasil de oportunidades e justiça social.”

(Site CUT/MG – Rogério Hilário – 21.10.14)

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