Com apoio da Frente Brasil Popular, cientista Miguel Nicolelis abre ciclo de palestras hoje em São Paulo

Soberano ou vassalo? Como a ciência pode definir o futuro do Brasil?

Quem vai responder é Miguel Nicolelis, renomado neurocientista brasileiro, líder do projeto Andar de Novo, inovadora experiência que está fazendo paraplégicos andarem. Em palestra aberta ao público, ele contará como é a saga de construir um projeto científico de ponta na periferia de uma capital do nordeste brasileiro.

Vai ser no dia 12 de dezembro, às 19h, no Instituto Sedes Sapientiae (Rua Ministro Godoi, 1484, Perdizes, SP, SP).

“A sociedade tem que entender que ciência é essencial, que a ciência é dela, e é uma forma de defender a soberania da sua cultura e do seu país. Se não dominarmos a indústria do conhecimento de ponta do século 21, quem vai pagar o preço é a sociedade brasileira. De várias maneiras: custo alto para tudo, saúde, energia, comida”, diz Nicolelis.

“Se o país tiver que importar tudo que é vital, se tiver que ficar na mão de outros países para definir seus programas espacial, energético, eletrônico, robótico, nanotecnológico, biotecnológico será o fim do Brasil como nação soberana”, alerta.

Com múltiplos projetos de novas neuropróteses, baseadas no conceito como o das interfaces cérebro-máquina, Nicolelis está modificando o paradigma de tratamentos de pacientes com lesão medular. O planeta inteiro viu o chute do paraplégico Juliano Pinto, que usou o exoesqueleto construído pelo Projeto Andar de Novo na abertura da Copa do Mundo de 2014. De lá para cá, muitos avanços ocorreram, apontando acertos e desdobramentos surpreendentes dessa pesquisa brasileira.

Essas descobertas podem transformar os conceitos para o trabalho com pacientes com Parkinson e epilepsia. “Tenho esperança de tentar aproveitar essa tecnologia para tratar múltiplas doenças neurológicas”, afirma o cientista

Paulistano formado na USP, Nicolelis é membro das academias Francesa, do Vaticano e Brasileira de Ciências. Recebeu mais de 30 prêmios internacionais. Foi eleito um dos 25 cientistas mais importantes do mundo pela revista “Scientific American”, em 2004. Em 2015, foi apontado como um dos 100 grandes pensadores globais pela revista americana “Foreign Policy”.

Professor titular da Duke University (EUA), ele criou o projeto do Campus do Cérebro no Rio Grande do Norte. A história desse projeto revolucionário está em “Made in Macaíba” (Editora Planeta), livro que estará sendo autografado após a palestra. O debate terá a mediação da jornalista Eleonora de Lucena.

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Foto: FBP

Fonte: Frente Brasil Popular

 

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