Combate à violência política de gênero: essa luta é de todxs!

A jornada política das mulheres é marcada por obstáculos que vão além dos relacionados à ideologia política que defendem e acreditam desafios. Elas batalham contra o preconceito e a violência que permeiam esse ambiente. A violência de gênero na política é uma extensão de práticas desumanas antigas e comuns, que se intensificam quando as mulheres assumem posições de liderança em espaços tradicionalmente dominados por homens.

Esses espaços, moldados por e para homens, muitas vezes não estão preparados para acolher mulheres em posições de poder. Como resultado, as mulheres são frequentemente subjugadas por violências que assumem várias formas: físicas, intelectuais, morais, sociais, além de discriminação por orientação sexual, cor da pele, religião, maneira de falar ou vestir.

Imagem: Freepik

VIOLÊNCIA POLÍTICA NA ALMG

A realidade da violência política de gênero na ALMG é alarmante e inaceitável. O Sind-UTE/MG reconhece a urgência de transformar nossa indignação em ações  efetivas para erradicar o assédio, a discriminação e a agressão contra as mulheres na política. Essas práticas não só violam os direitos humanos das mulheres mas também comprometem sua participação significativa na política — um pilar essencial para a construção de uma sociedade mais cidadã e diversificada.

Nos últimos anos, parlamentares mineiras como Andréia de Jesus (PT), Beatriz Cerqueira (PT), Bella Gonçalves (PSOL) e Lohanna França (PV) foram alvos de comportamentos abomináveis por defenderem causas progressistas. Essas mulheres representam a força feminina na luta contra o machismo institucionalizado e o conservadorismo que tenta silenciá-las.

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O Sind-UTE/MG se solidariza com essas parlamentares e exige que as autoridades tomem medidas rigorosas contra os perpetradores desses atos violentos. Neste sentido, celebramos a aprovação do PL 2.309/20, fruto da mobilização das próprias deputadas que sofreram ataques e ameaças de morte, e estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para prevenir, identificar, denunciar e combater esse tipo de violência, além de garantir assistência às vítimas.

É crucial que este projeto, agora transformado em lei, seja efetivamente implementado e que a ALMG adote políticas proativas para prevenir tais crimes e assegurar um ambiente seguro e livre para todas as parlamentares.

COMO APOIAR UMA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO?

A violência política de gênero é uma forma de agressão, discriminação e intimidação contra as mulheres que exercem ou pretendem exercer funções públicas ou direitos políticos. Essa violência pode ocorrer tanto nas redes sociais quanto nos espaços presenciais, e tem um forte impacto psicológico nas vítimas.

Diante dessa realidade, é fundamental que possamos apoiar as mulheres que sofrem essa violência, mostrando que elas não estão sozinhas e que há outras pessoas que reconhecem e valorizam sua atuação política. Para isso, podemos adotar algumas atitudes simples, mas eficazes, como:

  • Nas redes sociais, podemos demonstrar nosso apoio às vítimas de violência política de gênero, respondendo e compartilhando suas postagens, criando conteúdos sobre a temática e denunciando os agressores.
  • Nos espaços presenciais, em vez de replicar a violência, podemos demonstrar o suporte à vítima de violência política de forma que ela se sintam acolhida.
  • Em ambos os casos, podemos também buscar informações e orientações sobre como prevenir e combater a violência política de gênero, bem como sobre os direitos e as assistências disponíveis para as vítimas.

A DEFESA DOS DIREITOS DAS MULHERES COMO PRINCÍPIO

O Sind-UTE/MG reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos das mulheres, especialmente das mulheres trabalhadoras em educação, que compõem a maioria da nossa categoria. Reconhecemos a importância da participação das mulheres na política, como forma de ampliar a representatividade, a pluralidade e a democracia. Por isso, nos colocamos ao lado das mulheres que fazem parte da nossa sociedade, e que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária.

Reiteramos o caráter contínuo da luta contra a violência política de gênero. Não podemos permitir que tais práticas persistam em nossa sociedade. Devemos unir forças para garantir que todas as mulheres possam exercer seus direitos políticos sem medo ou retaliação. Juntos e juntas podemos criar uma cultura política que respeite verdadeiramente a igualdade e a dignidade de todas as pessoas.

Nós, do Sind-UTE/MG, lutaremos para que os problemas que as mulheres enfrentam sejam reconhecidos e enfrentados por todos, e não negados. Pois acreditamos que esse é o primeiro passo para a mudança!

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