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Comissão de Direitos Humanos repudia violência policial no Paraná

  • 04/05/2015


Repressão da polícia de Beto Richa (PSDB) deixa mais 213 feridos e três em estado grave

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) repudiou, por meio de uma nota, a violência da polícia do governador tucano, Beto Richa (PSDB), no Paraná, ontem (29), contra os professores que protestavam contra mudanças na Previdência para os servidores.

Em frente à Assembleia Legislativa, os educadores faziam uma manifestação pacifica quando foram surpreendidos por bombas e violência. “Sem qualquer justificativa plausível, os agentes de segurança pública estão promovendo um ataque, não só com gás, mas com balas de borracha atiradas a esmo, cassetetes e cachorros”, diz a nota da CDHM.

A greve dos professores da rede estadual paranaense já dura mais de dois meses. Eles protestam contra uma lei que muda as regras da previdência social do funcionalismo público, que foi aprovada ontem pelos deputados estaduais por 30 votos favoráveis e 21 contrários. O projeto segue para a sanção do governador tucano Beto Richa (PSDB).

Para a Comisão, a repressão colocou em risco a vida das pessoas que foram vítimas de violação de direitos humanos. “Qualquer decisão tomada hoje pela Assembleia Legislativa manchada de sangue é, além de ilegal e inconstitucional, ilegítima”, conclui.

Beto Richa enfrenta uma crise política e financeira há meses que explica as manifestações de ontem. O governo quer transferir para a caixa do Estado recursos do fundo previdenciário dos servidores públicos, que temem a falta de dinheiro para pagar futuras aposentadorias.

No confronto dessa quarta (29), mais de 213 pessoas ficaram feridas, três deles foram levados ao hospital em estado grave com traumatismo craniano.

(Site CUT Nacional – Walber Pinto – 30/04/15)