CUT denuncia a ‘mentira’ do déficit previdenciário

Caravana de 15 professores de Ponte Nova participou, em 31/3 e 1°/4, em BH, do Congresso Extraordinário da Central Única dos Trabalhadores/CUT. Integrando o grupo, Neli Magalhães de Resende/diretora da Subseção/PN do Sindicato Único dos Trabalhadores no Ensino (SindUte) informou a este jornal que, no encerramento, lembraram-se – com repúdio – os 53 anos do golpe militar, tendo havido ato em 1°/4  destacando “a mentira federal sobre o déficit da Previdência”.

O evento, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), teve participação de Gilmar Pinto, dirigente do Sindicato dos Eletricitários na região de Ponte Nova, e de representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB.

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Sobre a “mentira” do déficit orçamentário, dirigentes da CUT mencionaram os R$ 426 bilhões devidos ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) pelos bancos Bradesco e grandes empresas. Esta dívida empresarial – apurada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) – supera em três vezes o tão propalado “déficit” da Previdência em 2016. A Vale e 3% das grandes empresas e bancos concentram mais de 63% da dívida. Calcula-se um total de 32.224 empresários devedores.

Os analistas ainda ponderam que em 2015, por exemplo, o pagamento da dívida pública da União custou R$ 502 bilhões, superando os R$ 486 bilhões com os gastos previdenciários. As desonerações tributárias (que beneficiam empresas) totalizaram R$ 280 bilhões em 2015 (o Governo Federal abre mão de 20% das suas receitas), e sabe-se que o Governo Federal deixou de arrecadar cerca de R$ 452 bilhões em 2015 pela falta de políticas eficazes de combate à sonegação fiscal.

O secretário/MG de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, anunciou que o Museu de Memória, Verdade e Justiça, que ocupará o prédio que atualmente abriga o Departamento de Investigação Antidrogas da Polícia Civil (antigo Departamento de Ordem Política e Social/Dops), será inaugurado em 31/3/2018. Nilmário esteve preso por 32 dias no Dops, em 1968.

“Aqui, Luiz Soares Dulci ficou preso por um mês, quando fundou a União dos Trabalhadores em Educação/UTE (hoje Sind-Ute/MG)”, lembrou Nilmário. “O mais emocionante é que centenas de professores e estudantes se revezavam em vigília na frente do Dops. Fomos julgamos pelo Superior Tribunal Militar e não fomos condenados”, lembrou Dulci, que é de família pontenovense.

Fonte: Folha de Ponte Nova

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