CUT/MG constitui o Coletivo Estadual de Comunicação

Desafios principais são consolidação com reuniões períodos e criação de rede de compartilhamento

Com dirigentes e assessores de sindicatos, federações, confederações e federações, a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) constituiu o Coletivo de Comunicação no encerramento do Encontro Estadual de Comunicação, na tarde desta quarta-feira (20), na sede da CUT/MG, em Belo Horizonte. Além das entidades que participaram da atividade, iniciada na terça-feira (19), representantes de outros sindicatos serão convidados para a próxima reunião do Coletivo, marcada para o dia 18 de setembro.

“Agradeço imensamente quem está aqui e ao Alex Capuano, da CUT Nacional. Foi importantíssima a presença de todos. O compromisso é fortalecer o Coletivo, estabelecer uma rede de comunicação. Sabemos que são necessárias mudanças, e que o processo pode ser lento, mas é preciso começar e potencializar a comunicação”, afirmou o secretário de Comunicação da CUT/MG, Neemias Rodrigues, organizador e coordenador do Encontro Estadual.

“Criamos familiaridade muito grande com a rede na Confetam. Criamos um vínculo importante, fortalecendo a rede de solidariedade, da luta, trocando informações. Acredito que podemos costurar bem esta rede com a CUT, assimilar o conceito e a prática de rede. Também considero fundamental a realização de oficinas, para que possamos aprender a usar as ferramentas, as mídias”, disse Misael  Elson Borges, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipatinga e da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Confetam).

Antes da constituição do Coletivo Estadual, Alex Capuano, assessor da Secretaria de Comunicação da CUT Nacional, falou sobre a construção da comunicação no meio sindical. “Primeiro, é preciso entender a necessidade de mudança de linguagem, para que as pessoas curtam, que seduzam as pessoas. Também é fundamental entender a importância das novas mídias e trabalhá-las. A CUT usa todas as mídias, inclusive a TVT e a rádio CUT, na plataforma da Internet. Também é preciso compartilhar informações sempre e trabalhar em rede”, recomendou Alex Capuano.

O assessor e coordenador do curso de comunicação da CUT Nacional, analisou que a Central, sindicatos e movimentos sociais usufruem de uma liberdade de expressão limitada. “Falamos para um público limitado, fruto de uma desigualdade de condições, imposta pela grande mídia. Isto reduz a participação  política da sociedade. Há um oligopólio da mídia, que criminaliza a política, prejudica o processo democrático. Dez famílias detêm mais de 80% do controle da mídia. No final do segundo governo Lula, aconteceu a Confederação Nacional de Comunicação (Confecom). Como já disseram, mais de 700 propostas foram aprovadas e um projeto de regulamentação da comunicação e tudo isto foi para a gaveta”, disse Alex Capuano.

Para ele, a alternativa do movimento sindical tem sido o uso das novas tecnologias para a disputa de hegemonia. “O avanço das tecnologias tem que estar a nosso serviço. A sociedade é cada vez mais uma sociedade de informações e a exclusão das redes digitais elevará ainda mais a exclusão social.”

Alex Capuano anunciou que o Curso de Formação de Formadores de Comunicação da CUT Nacional, com quatro módulos de cinco dias, vai começar no dia 8 de setembro, com a participação de Sérgio Amadeu, Ricardo Azenha e Mídia Ninja. Os módulos acontecerão também em novembro, dezembro e março de 2015, mês do Encontro Nacional de Comunicação da CUT. Minas Gerais terá duas vagas.

Leia também:

Encontro Estadual da CUT/MG debate democratização da comunicação e disputa de mídia

Mobilização é o caminho para democratização da comunicação

(Site CUT/MG – 20.08.14 – Rogério Hilário)

Compartilhe nas redes:

Nenhum resultado encontrado.