Esplanada dos Ministérios, em Brasília, recebeu nesta quarta-feira, 22 de julho, servidores públicos federais de todo o país para a realização de uma caminhada. A manifestação faz parte da agenda de mobilizações proposta pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais para destacar a greve que vem acontecendo desde 10 de julho. O Fórum reúne 32 entidades nacionais representativas destes profissionais, entre elas a CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social.

Dirigentes e trabalhadores dos sindicatos dos servidores filiados à CNTSS/CUT marcaram presença na caminhada que coloriu de bandeiras e faixas as grandes avenidas da região Central de Brasília na manhã desta quarta-feira. A concentração de trabalhadores teve início nos arredores da Catedral de Brasília. O trajeto definido pelos organizadores do evento previa a caminhada até o Palácio do Planalto. Palavras de ordem da campanha salarial foram manifestadas durante todo o percurso, que aconteceu sem nenhum incidente.

A CNTSS/CUT mobilizou suas lideranças e servidores que vieram em caravanas de vários estados. Estes trabalhadores chegaram à véspera da caminhada e puderam participar do ato realizado na terça-feira, 21 de julho, em frente ao MPOG – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A iniciativa previa a realização de um ato durante o período em que ocorria a reunião entre o secretário de Relações do Trabalho, do MPOG, Sérgio Mendonça, e lideranças da CNTSS/CUT e FENASPS – Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência social.

Para o presidente da CNTSS/CUT, Sandro Alex de Oliveira Cezar, as atividades realizadas nestes dois dias foram importantes para demonstrar que os trabalhadores estão comprometidos com a campanha salarial nacional unificada, lançada oficialmente em 25 de fevereiro. Segundo ele, esta boa participação dos trabalhadores expressa a crescente adesão que o movimento grevista vem tendo no país.

“Os eventos destes dois dias contou com uma boa participação dos sindicatos de todo o país nos diversos setores do funcionalismo. Percebemos a presença de toda a base que compõe o Fórum. A participação da CNTSS/CUT foi muito boa. Esta é a primeira atividade desta natureza realizada durante a greve deste ano. Isto demonstra que a greve tende a crescer por todo o país”, afirma o presidente da Confederação.

Entenda a greve dos servidores federais

Em Audiência realizada entre as entidades de servidores públicos federais e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na terça-feira, 07 de julho, a CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social reiterou as decisões de rejeitar a proposta apresentada pelo governo para a pauta de reivindicações da campanha salarial nacional e também a de convocação para a greve geral por tempo indeterminado a partir de 10 de julho.

A Audiência, que foi agenda pelo secretário de Relações de Trabalho, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, teve como pauta central receber as respostas das entidades nacionais dos servidores federais sobre a proposta apresentada pelo governo, em 25 de junho, para a pauta da campanha salarial nacional. Naquela ocasião, o governo indicou a reposição da inflação projetada para os próximos quatro anos, sendo assim representada: índice de 21,3%, dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5,0% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019.

As demais entidades presentes à Audiência também rejeitaram a proposta que foi mantida pelo governo. Não houve, por parte do governo, naquela data, a apresentação de qualquer novidade sobre os pontos da pauta da campanha deste ano. Permanece o consenso entre as entidades dos servidores que a resposta do governo à pauta dos trabalhadores está muito aquém da expectativa dos trabalhadores.

A decisão da CNTSS/CUT de rejeitar a proposta do governo e de decretar greve a partir de 10 de julho foi aprovada por todos os Sindicatos Federais presentes na Plenária Nacional realizada em 03 de julho, em Brasília.

(Site CUT Nacional – CNTSS/CUT – José Carlos Araújo)