Educadores da rede municipal de Igarapé permanecem em greve

A próxima Assembleia da categoria será dia 23/07

Trabalhadores em educação da rede municipal de Igarapé decidiram, em Assembleia da categoria, permanecer em greve. A Assembleia aconteceu às 14h, após a reunião com os secretários municipais de Educação, Paulo Sérgio e de Governo, Rafael Valadão.

Para o coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) Subsede Betim, Luiz Fernando de Souza Oliveira, houve pouco avanço e por isso, os educadores mantiveram o movimento. “Hoje, os educadores de Igarapé recebem o pior salário da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Prefeitura não apresentou proposta concreta para pagamento do Piso Nacional com escalonamento e percentuais, da mesma forma que fez para alguns cargos comissionados, para valorização dos mesmos. O prazo proposto pela Prefeitura termina em setembro de 2016, mantendo os educadores em situação de miséria. A categoria permanece unida, em luta e indignada com a postura da Prefeitura, que continua tratando com desrespeito os educadores e toda a comunidade escolar.”

Programação

Nos dias 21 e 22 próximos, os educadores vão realizar vários atos públicos e farão panfletagem no município. Na quarta-feira (23/07), às 14h, haverá nova Assembleia da categoria, quando será definido o rumo do movimento.

Histórico e Manifestações da greve

A greve dos educadores teve início em 04 de junho, foi paralisada no período do recesso escolar e retomada na segunda-feira (14/07), data de volta às aulas. A adesão ao movimento é de 60% e inclui algumas creches. O município conta com cerca de 400 a 500 educadores, 11 escolas municipais e seis creches.

Hoje (18/07), os educadores de reuniram com os secretários municipais da Educação e do Governo, na Secretaria Municipal de Educação. E, às 14h, realizaram Assembleia na Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto, à Avenida Governador Valadares, 447, centro da cidade.

Nessa quinta-feira (17/07), os educadores realizaram panelaço. A concentração da categoria teve início às 14h, na praça da Matriz Santo Antônio, centro de Igarapé.

Os educadores da rede municipal de ensino de Igarapé se reuniram, dia 16 de julho, às 15h, com os secretários municipais de Educação, Paulo Sérgio Mendes; de Governo, Rafael Valadão; e de Administração, Leandro dos Santos Pereira.

No dia 15/07, uma comissão se reuniu, às 10h, com o prefeito José Carlos Gomes Dutra (Calu) e o secretário municipal de educação, que não fizeram nenhuma proposta que atendesse a categoria e pusesse fim à greve.

Às 14h, os educadores realizaram Assembleia. Em seguida, saíram em passeata pela cidade e foram até a sede da Prefeitura. Lá, eles ocuparam o local até às 18h, quando receberam um ofício do Executivo Municipal, agendando para hoje uma reunião de reabertura de negociação para discutir a pauta da categoria.

Na segunda (14/07), os educadores realizaram, pela manhã, o ‘café com secretário’, que aconteceu na porta da Secretaria Municipal de Educação, durante a vigília realizada no local. E, na parte da tarde, os trabalhadores em educação fizeram um panelaço, também na porta da Secretaria.

Resgate histórico da Campanha Salarial 2014

No início do ano letivo, os educadores da rede municipal de Igarapé protocolaram a pauta de reivindicações. A categoria cobra compromissos assumidos pelo governo municipal desde a época de campanha, a exemplo do pagamento do Piso Salarial Nacional e o plano de carreira, mas, até o momento, o prefeito José Carlos Gomes Dutra (Calu), não cumpriu o compromisso firmado.

Até o momento, o prefeito apresentou uma proposta de 6% de reajuste parcelado, de três vezes e, para os diretores de escola, aumento de 36%. Todos vão receber 6% de três vezes, nos meses de julho, setembro e novembro. Os diretores receberão os 30% também de três vezes: 10% em janeiro de 2015, 10% em janeiro de 2016 e o restante em janeiro de 2017.

A alegação do prefeito para o descumprimento do Acordo é que a Prefeitura atingiu o limite de responsabilidade fiscal. O coordenador do Sind-UTE Subsede Betim, Luiz Fernando de Souza Oliveira, afirma que as contas foram analisadas e trata-se de uma inverdade, uma vez que o gasto com a folha está bem abaixo do limite estipulado por lei.

Anexo: sindute07_balancogeral_2107.mp4

Compartilhe nas redes:

Nenhum resultado encontrado.