Escola não é lugar de armas, mas de paz e diálogo!

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais deve colocar em votação no Plenário o projeto de Lei 3.595/22 que autoriza a implantação de vigilância armada nas escolas. A iniciativa “miliciana” é de autoria do deputado Bruno Engler (PL) e teve como relator na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) o deputado João Magalhães (MDB), que opinou pela aprovação do texto.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) rechaça de maneira veemente tal Projeto de Lei porque considera que as escolas são espaços de construção de conhecimento e saber, de ensino da vida em sociedade, da não violência, de vivências e de práticas humanitárias, que devem estar longe do contato com as armas e narrativas que promovam a violência e o conflito.
A sociedade brasileira deve se distanciar do discurso de ódio e de intolerância que nos últimos tempos vem sendo apregoados por políticos negacionistas e retrógrados, que sob o manto do conservadorismo e da defesa dos costumes, na verdade cometem aberrações, como esta que estão propondo na ALMG.
O combate aos eventuais atos de violência nas escolas – que é um reflexo da sociedade – deve ser abordado como uma política pública de segurança, discutido com a comunidade escolar. Não pode ser uma ação autoritária, imposta de cima para baixo, abrindo caminho para que empresas de vigilância armada disputem o “mercado” das escolas públicas como um novo nicho de negócios.
O Sind-UTE entende ainda que a existência de vigilância armada em escolas, em proximidade com crianças e adolescentes, é uma lógica opressora e intimidadora, que não corresponde com o caráter libertador da educação e sua função de preparar alunos e alunas para um mundo onde prevaleça o diálogo, o entendimento e a paz.
NÃO AO PROJETO DE VIGILÂNCIA ARMADA NAS ESCOLAS!
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