Escola Sindical de 7 de Outubro elege nova coordenação em assembleia

Em assembleia que contou com participação de dirigentes da CUT Nacional, CUT/MG, CUT/RJ , CUT/ES e dirigentes de sindicatos, federações e confederações CUTistas, Adilson Pereira dos Santos, do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região (Sindmetal), foi eleito, em assembleia realizada na tarde de sexta-feira (9), coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro. A nova diretoria da escola também foi eleita, contando na composição com representantes de todas as CUTs estaduais, regionais e ramos reunidos numa atividade histórica, que contou com um número recorde de participantes. A nova gestão da Escola Sindical 7 de Outubro será de quatro anos, de 2015 a 2019.

 

A mesa da assembleia, realizada na Escola Sindical 7 de Outubro, foi composta pela presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira; José Celestino Lourenço, o Tino, secretário de Formação da CUT Nacional; Shakespeare Martins de Jesus, da Direção Executiva da CUT e Antônio Carlos Hilário, coordenador da Escola.

 

“A Escola Sindical 7 de Outubro é um instrumento de construção da política de formação da CUT. E é fundamental na consolidação da hegemonia da Central. É importante nos incorporar cada vez mais na política de formação da CUT, para nos preparar para fazer o enfrentamento desta conjuntura do ódio que assola este país. É nosso objetivo, com a Política Nacional de Formação, nos articular com todas as secretarias, buscar uma interação e um coletivo que planeja conjuntamente. Nossos cursos já são reconhecidos pela academia, foram validados por universidades públicas, que estão trabalhando com a gente. Formamos mais de 8 mil dirigentes, mas dentro de um universo de 24 milhões de representados, nosso desafio é atingir muito mais, em especial os mais jovens”, disse José Celestino Lourenço.

 

Para Tino, o Plano Nacional de Formação de Dirigentes, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Formação da CUT desde 2009, fez com que as Escolas Sindicais conquistassem maior visibilidade na estratégia geral das instâncias da Central, desde os sindicatos até a CUT Nacional. Nos últimos anos, a formação da CUT se consolidou política estratégica de fortalecimento da ação sindical cutista e, portanto, é dever de todas as instâncias cutistas contribuir para a sustentabilidade da Escola Sindical 7 de Outubro.

 

 

Antônio Carlos Hilário apresentou o balanço do mandato da Coordenação da Escola. Para Hilário, “a coordenação cumpriu papel relevante de consolidar um modelo de gestão democrática e garantir a sustentabilidade da Escola Sindical 7 de Outubro, mantendo vivos os ideais que inspiraram a sua construção enquanto instrumento pedagógico, fruto da solidariedade de classe entre trabalhadores italianos e brasileiros, nos anos 1980”.

 

Carlos Sacramento, assessor da Coordenação da Escola 7, mencionou alguns elementos do relatório de balanço entregue aos participantes da Assembleia. “Entre as marcas desta gestão, a parceria com o Ministério Público do Trabalho está possibilitando o andamento do projeto de reforma da Escola. Na fase atual, estão sendo elaborados os projetos complementares para iniciar a reforma estrutural e foram adquiridos novos equipamentos para os trabalhos da Escola 7”, enfatizou Sacramento.

 

Silvia de Martin, formadora da Escola Sindical, apresentou o balanço das ações de formação desenvolvidas no último período. Segundo Silvia, por conta dos desafios enfrentados pela classe trabalhadora na atualidade, seguimos as orientações do Coletivo Nacional de Formação de 2015, priorizando a implementação de cursos sobre a conjuntura internacional e brasileira nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, como forma de subsidiar a intervenção dos/as dirigentes sindicais nos debates e formulação de propostas às etapas congressuais do 12º Concut.

 

Além do balanço do mandato, apreciação e aprovação da prestação de contas, a Assembleia elegeu o Conselho Deliberativo responsável pela indicação da nova Coordenação Executiva para a Escola Sindical 7 de Outubro. Confira quem integra a Coordenação Executiva e o Conselho Fiscal para o triênio 2015-2018:

 

Coordenação Executiva

oordenador Geral: Adilson Pereira dos Santos (SINDMETAL BH-CONTAGEM/MG)

Coordenador Administrativo-Financeiro: Fernando Cançado (SINTTEL/MG)

Coordenador de Formação: Vandercy Soares Neto (SENALBA/ES)

Coordenador de Cultura: Juarez Antunes Pinto (SINTRACONSMONPES/RJ)

Conselho Fiscal

Paulo César Borba – Carioca (SINTRACONST/ES)

Maria Nazaré dos Santos (SINTTEL/MG)

Fernando Freitas (CUT/MG)

 

Massacre de Ipatinga

A Escola Sindical 7 de Outubro é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 29 de agosto de 1987. Seu nome é uma homenagem aos operários mortos e feridos, na repressão a uma greve dos trabalhadores da Usiminas, no Vale do Aço, no dia 7 de Outubro de 1963. Esse “Massacre de Ipatinga” foi um dos episódios do período de arbítrio e repressão, que durante 20 anos marcou a vida política e cultural da população brasileira.

 

Sendo uma das unidades da rede nacional de formação da CUT, a Escola Sindical 7 de Outubro é responsável pela formação dos dirigentes sindicais dos estados do Espirito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e tem conseguido desenvolver um fecundo processo de intercâmbio com universidades e outro centros de pesquisa no Brasil e no exterior, tornando-se uma referência na elaboração e socialização de conhecimentos sobre os mundos do trabalho, urbano e rural, sobre a formação dos trabalhadores e sobre os desafios encontrados na ação e na organização sindical.

 

A Escola Sindical nasceu, originalmente, para responder à necessidade dos movimentos populares e sindical de prepararem lideranças para enfrentar os desafios da nova conjuntura que a derrocada do modelo militar de desenvolvimento e a redemocratização da sociedade brasileira representava. Traz consigo também a marca da cooperação e da solidariedade na luta dos trabalhadores tanto no Brasil como em outros países. São trabalhadores que ao longo desses anos, se serviram da Escola como espaço físico e político para, através do intercâmbio de experiências, reforçar os laços da cooperação solidária, apontando para a necessidade de fazer acontecer supranacionalmente as lutas pela igualdade de oportunidades e de direitos.

Ao longo de seus 25 anos, a Escola Sindical 7 de Outubro se tornou um espaço de encontro de trabalhadores do Brasil e do mundo, contribuindo com formação dos trabalhadores, homens e mulheres, indivíduos e cidadãos, desenvolvendo suas potencialidades e reafirmando seu projeto de democratizar a sociedade e de promover o desenvolvimento econômico do País sobre bases sustentáveis e solidárias.

 

Estruturas de gestão da Escola

As instâncias de direção da Escola Sindical 7 de Outubro são:

Assembleia Geral – constituída por  sócios que a fundaram, pelas  CUT Nacional e CUT do Espírito Santo,  Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Conselho Deliberativo – composto pelos secretários de formação, Administração e finanças da CUT nacional e das estaduais do Espírito Santo, Minas Gerais e do  Rio de Janeiro e; por um representante dos Funcionários da Escola, por um representantes das entidades associadas.

Conselho Fiscal – composto por três membros efetivos e igual número de suplentes, eleito pela Assembleia Geral.

Coordenação Executiva – composta por quatro membros: o coordenador geral, o coordenador administrativo-financeiro e o coordenador de formação e o coordenado de cultura,  nomeados pelo Conselho Deliberativo, ad referendum da Assembleia Geral.

Infraestrutura da Escola

Instalada na cidade de Belo Horizonte num bairro operário e de grande presença dos movimentos populares e sindicais, a Escola oferece todas as condições favoráveis à realização de eventos. Sua arquitetura conjuga conforto e funcionalidade numa prefeita combinação para o trabalho e o lazer. Os recursos pedagógicos disponibilizados possibilitam melhor desempenho nas atividades didáticas, além de oferecer uma eficiente infraestrutura de apoio às atividades de formação.

 

A Escola dispõe de um auditório com 200 lugares e cabine para gravação de vídeo e áudio; sete plenárias, cada uma delas com capacidade para até 50 pessoas; salas para trabalho em grupo; dormitórios confortáveis com capacidade para hospedar 137 pessoas; refeitório com capacidade para servir 250 refeições por dia; laboratório de informática com 04 máquinas; teatro de arena e, como opção para o lazer, uma quadra de peteca.

Para desenvolver as atividades contidas em seu plano de trabalho, a Escola Sindical 7 de Outubro atualmente possui, em seu quadro de empregados, 12 pessoas lotadas em funções pedagógicas, na área de alimentação e hospedagem e administrativas.

 

A concepção político-pedagógica

O Projeto político-pedagógico da Escola Sindical 7 de Outubro propõe a formação integral dos trabalhadores, que promova o pleno desenvolvimento de suas potencialidades, a partir da produção e apropriação coletiva do conhecimento, da interação entre grupos e da valorização e socialização dos saberes e experiências acumuladas na trajetória de vida de cada trabalhador.

 

Plano de trabalho

O plano de trabalho da escola é elaborado juntamente com os dirigentes sindicais da região de abrangência que estabelecem as prioridades em reuniões, oficinas e no Encontro Regional de Formação.

 

Além de atividades de âmbito regional a escola também atende demandas advindas das federações e confederações dos diversos ramos da CUT.

 

(Site CUT/MG – Rogério Hilário, com informações da Escola Sindical 7 de Outubro – 14/10/15)

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