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“Esta é uma luta da CUT, dos movimentos sindical, sociais e do povo mineiro”

  • 23/09/2014


Presidente da CUT se solidariza com o Sind-UTE, denuncia práticas antissindicais e cerceamento da liberdade de expressão em Minas Gerais

“Esta luta não é só do Sind-UTE, dos educadores, é uma luta da CUT, do movimento sindical, dos movimentos sociais, do povo mineiro. O Sind-UTE não está sozinho. Já fizemos, por intermédio da Confederação Sindical Internacional, denúncia de práticas antissindicais do governo de Minas Gerais à Organização Internacional do Trabalho (OIT). A campanha e as ações do Sind-UTE, ao contrário do que considera o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) como propaganda eleitoral negativa, não são eleitoreiras. O Sindicato cumpre seu papel de política sindical, de defender uma educação pública de qualidade. As campanhas do Sind-UTE são anuais e têm falado as mesmas coisas. Agora, querem desqualificar o Sindicato, pelo que faz historicamente.”

Desta forma, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vágner Freitas, prestou solidariedade ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Estado de Minas Gerais, na tarde desta segunda-feira (22), durante entrevista coletiva na Sala de Imprensa da Assembleia Legislativa (ALMG), em Belo Horizonte.

Vágner Freitas falou aos veículos de comunicação juntamente com Maria Mirtes de Paula, diretora do Sind-UTE/MG; Shakespeare Martins de Jesus, da Direção Executiva da CUT Nacional; Júlia Nogueira, secretária de Combate ao Racismo da CUT; Maria Adriana Oliveira, presidenta da CUT Maranhão; Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG e coordenador-geral do Sindieletro-MG; Neemias Rodrigues, secretário de Comunicação da Central;  Ênio Bohnenberger, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);  e Joceli Andrioli, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

“Estou aqui acompanhado da direção da CUT Maranhão, do MST, do MAB, do Sindieletro e dos movimentos sociais para denunciar que em Minas Gerais existe censura. Só podem ser publicadas notícias que agradam ao governo e aos seus aliados. Vim aqui para defender a liberdade de expressão e a liberdade sindical. O Sind-UTE vem sendo achincalhado por estar representando seu papel. Vem fazendo uma campanha permanente nos últimos anos de questionar a qualidade da educação no Estado e um governo que não paga o piso nacional, que não investe o mínimo determinado pela Constituição, oferece uma educação de qualidade ruim, com escolas em condições precárias e proíbe educadores de se alimentar com a merenda escolar. Por causa disso, resolveram perseguir o Sind-UTE, amordaçar os educadores. Está acontecendo um genocídio em Minas Gerais. Conseguiram liminares usando influência política e querem destruir, inviabilizar o Sindicato”, protestou Vágner Freitas.

“O que está sendo impedido é que o Sind-UTE possa dialogar com a sociedade, com pais e alunos que são prejudicados com a qualidade ruim da educação, que o Sindicato possa se manifestar livremente. O Sind-UTE tem a obrigação de opinar e discutir a educação com a sociedade. A CUT faz um sindicalismo de transformação e o Sindicato tem que denunciar a situação calamitosa do ensino em Minas Gerais. Não vamos aceitar o cerceamento político, a  mordaça, que resultou no processo de criminalização de um Sindicato que luta por uma educação de qualidade, uma educação transformadora, que é a proposta da CUT. Estamos fazendo um protesto pelo direito de expressão. A CUT é a solidária com os educadores. Vamos denunciar na OIT a prática da autocensura do governo do Estado, que ataca a liberdade de expressão. Me espanta que em Minas não se possa fazer este debate”, acrescentou o presidente da CUT.

“O Sind-UTE defende uma bandeira que é de toda sociedade. O que o Sindicato faz não é contra o PSDB. Há 20 anos que os educadores estão nesta luta, nesta campanha. A qualidade da educação está comprometida. O que está em risco é o sistema educacional de Minas Gerais. Temos vários educadores no MST e eles sabem bem o que acontece no Estado. Se falar a verdade merece um processo, queremos ser processados também. Somos solidários com o Sind-UTE”, disse Ênio Bonnenberger, do MST. “O que está escrito é que o governo deixou de investir R$ 8 bilhões em educação. É um massacre que vem acontecendo. Um absurdo a prepotência de tentar impedir um Sindicato de falar a verdade. Percebe-se que em Minas é um crime falar a verdade”, afirmou Joceli Andrioli, do MAB.

“A nossa carreira está congelada, nossos alunos não têm escolas adequadas. Faltam quadras. Os professores não podem comer a merenda escolar. Muitos têm jornada de trabalho de 60 horas. A campanha em que cobramos os R$ 8 bilhões para a educação foi feita no ano passado e não houve censura. Por que agora não se pode falar sobre isso?”, denunciou Maria Mirtes de Paula, do Sind-UTE/MG.

Clique aqui para ouvir a entrevista.

(Site CUT/MG – 22.09.14 – Rogério Hilário)



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