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Governo barra desocupação em Minas

  • 20/07/2017


Após uma negociação encabeçada pelo deputado estadual Rogério Correia (PT), o governo do Estado barrou, no começo da noite de ontem, a desocupação de uma fazenda em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana, cuja propriedade é atribuída ao empresário Eike Batista. Depois de ser comunicado judicialmente de que a reintegração da propriedade de 395,75 hectares seria realizada hoje pela manhã, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) garantiu ontem que iria resistir à decisão do juiz Carlos Roberto Loiola, da Vara Agrária do Estado, que concedeu uma liminar no dia 29 de março permitindo a reintegração de posse.

Em coletiva realizada ontem à tarde, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), além do próprio Rogério Correia, já haviam demonstrado apoio ao MST, declarando que iriam ao acampamento se juntar aos sem terra para resistir à expulsão pela Polícia Militar.

“O governo suspendeu a reintegração de posse e comunicou a decisão ao comando da Polícia Militar e aos movimentos”, afirmou o deputado. Agora, a decisão deve passar por uma comissão especial composta por membros dos três poderes. Na coletiva, Correia afirmou que a liminar infringia uma lei sancionada em 2000 pelo então governador Itamar Franco, que determina que os processos de desocupação de assentamentos urbanos ou agrários devem passar pelo colegiado.

Além da comissão, o petista citou a Mesa de Diálogo e Negociação Permanente com Ocupações Urbanas e Rurais, presidida pela Secretaria do Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e que conta com membros da Assembleia Legislativa, de secretariados e de movimentos sociais. “Se o governo entende que é conflito e tem inclusive uma mesa de mediação de conflito, não dá para a PM entender que é crime e chegar lá dando tiro nas pessoas”, disse Correia na coletiva de ontem.

Acampamento
Segundo o coordenador estadual do MST, Silvio Netto, quase mil famílias estão acampadas na propriedade. Os sem terra alegam que a área estava ociosa e foi recuperada. Além disso, o movimento diz que as famílias estão integradas na comunidade local e que várias crianças estão matriculadas nas escolas da região. Mirinha Campos, da direção estadual do movimento, afirma que a PM tem feito blitze quase diárias no acampamento.

Ontem, pela manhã, o movimento realizou um protesto no km 540 da rodovia BR-381, onde se encontra a propriedade. Durante o ato, um sentido da pista foi bloqueado, sendo liberado às 7h45.

Fonte: Fábio Corrêa/Hoje em Dia



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