Governo do Estado recebe o Sind-UTE/MG e diz que vai responder às demandas apresentadas na sexta-feira (5)

A direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) representada pela coordenadora-geral, professora Beatriz Cerqueira e a coordenadora do departamento Jurídico, professora Lecioni Pereira, sentaram-se à mesa de negociação com o governo do Estado, representado pelos secretários de Governo, Odair Cunha e Educação, Macaé Evaristo, nessa quarta-feira (03), na sede do Banco BDMG, em Belo Horizonte.

Essa foi a primeira reunião do Sindicato com o Governo para tratar de diversas demandas que impactaram a vida dos trabalhadores em educação desde o final do ano passado. Participaram como mediadores os deputados estaduais, Rogério Correia, líder da Maioria na Assembleia Legislativa, Cristiano Silveira, presidente da Comissão de Direitos Humanos, Professor Neivaldo, membro da Comissão de Educação e assessoria da deputada Marília Campos.

Os pontos da pauta foram o imediato pagamento do reajuste do Piso Salarial (11,36%) conforme acordo assinado pelo governador, Lei estadual 21.710/5 e Portaria do Ministério da Educação, o pagamento do  salário do mês de janeiro dos ex-efetivados, a ampliação do número de nomeações de concursados com a mudança na política da perícia médica do Estado, a situação dos 8.000 servidores ex-efetivados adoecidos que foram desligados do Estado, reversão das punições relacionadas à greve das Superintendências Regionais de Ensino e a retomada do diálogo da pauta da categoria. O sindicato também apresentou sua avaliação do processo de designação e os problemas enfrentados pelos educadores/as. Também manifestou, mais uma vez, sua posição contrária à política de parcelamento dos salários.

Beatriz Cerqueira explicou aos secretários quais os principais questionamentos da categoria e apontou para os vários problemas que o governo pode enfrentar, caso a pauta da educação não seja atendida, referindo-se, especialmente ao acordo assinado com o governo em 14 de março de 2015, e que prevê, entre outros itens, o pagamento do reajuste do Piso Salarial.

O Sindicato deixou claro que os profissionais da educação têm uma grande expectativa em relação a tudo que foi acordado. “Nós celebramos a aprovação do Projeto que se transformou na Lei 21.710/15. Também percebemos que a pauta mais positiva deste governo em suas peças publicitárias refere-se ao reconhecimento e à valorização da educação. Então é inadmissível que esse discurso não se consolide na prática”, disse.

O Secretário Odair Cunha ouviu as considerações do Sindicato. Comprometeu-se a dar retorno sobre às demandas discutidas nesta sexta-feira, dia 5, quando acontecerá manifestação da categoria, com paralisação total de atividades, na Cidade Administrativa.

Em entrevista à imprensa após a reunião, a direção do Sind-UTE/MG voltou a reafirmar que os educadores não aceitam pagar a conta  da situação econômica do Estado e que, se o governo não encontrar de onde tirar recursos para quitar sua dívida com eles, vai encontrar uma categoria disposta a se organizar em um ofensivo calendário de mobilizações e de paralisações. Se há dificuldades, Minas Gerais deveria ir ao Governo Federal para pedir ajuda. Pode, ainda, aumentar os impostos pagos pelas mineradoras, por exemplo. Só a Samarco Mineração, empresa do consórcio Vale/BPH Billiton , teve um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões, em 2014.

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Foto:Ag.Eficaz/Sind-UTE/MG

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