Greve de bancários e bancárias se fortalece a cada dia em Belo Horizonte e região

Com as adesões crescendo a cada dia – segundo balanço feito nesta sexta-feira (16),  446 unidades paradas em Belo Horizonte e região, o que corresponde a 59%, e 11.818 agências fechadas em todo o Brasil -, a greve de bancárias e bancários se fortalece em todo o país. Na tarde desta sexta-feira, a categoria realizou ato em frente à agência Século da Caixa Econômica Federal, na Rua Carijós, Praça Sete, Região Central da capital mineira. A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Bancários, está programada para a segunda-feira (19), às 11 horas, no mesmo local.

 

Diariamente, o Sindicato tem ido às ruas para esclarecer a população sobre as reivindicações da categoria e os abusos cometidos pelos bancos contra funcionários e clientes, mesmo com os lucros bilionários que crescem a cada ano. A Cia dos Aflitos também tem acompanhado todos os atos, apresentando esquete teatral sobre os problemas vividos nas agências.

 

Após 11 dias de paralisação nacional, continua o desprezo dos bancos em relação às reivindicações da categoria. A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 25 de setembro, com reajuste de 5,5% e abono de R$ 2.500, foi rejeitada pelos bancários da base de BH e região em assembleia realizada no dia 1º de outubro e por outras assembleias em todo o Brasil. Além de o reajuste proposto anular os ganhos da categoria em 2013 e 2014, já que está abaixo da inflação prevista, o abono não se integraria aos salários e seria pago uma só vez, com incidência de imposto de renda e INSS.

 

A categoria reivindica 16% de reajuste (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), o fim das demissões, mais funcionários nas unidades de trabalho, o fim do assédio moral e das metas abusivas, mais segurança, entre outras questões.

 

“Estamos aqui firmes e fortes. Vamos continuar unidos. As adesões têm sido espontâneas. Mas fazemos blitz nas agências para dialogar com os companheiros e chamá-los para o movimento.  As agências do Banco Itaú, da Praça da Bandeira, vão parar na segunda-feira. Já não temos quase unidades funcionando em várias regiões de Belo Horizonte. Só com mais adesões vamos arrancar uma negociação de verdade dos banqueiros. Quem não quer negociar são os banqueiros”, disse Eliana Brasil, presidenta do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região.

 

“Continuamos reafirmando que exigimos o fim das demissões e mais contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho nas agências, que leva trabalhadores ao adoecimento. Queremos melhores salários e uma PLR melhor em reconhecimento ao esforço diário de bancárias e bancários nas unidades de trabalho. Exigimos mais segurança, o fim das terceirizações e das discriminações nos salários e na ascensão profissional. Reivindicamos mais respeito dos bancos e continuaremos, cada vez mais fortes, em nossa luta em defesa dos trabalhadores bancários de todo o país”, ressaltou Eliana Brasil.

(Site CUT/MG – Rogério Hilário, com informações do Sindicato dos Bancários de BH e Região – 16/10/15)

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