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Greve dos Correios se fortalece em Minas Gerais

  • 06/02/2014


Mais trabalhadores e trabalhadoras aderem ao movimento e categoria aprova a continuidade do movimento em assembleia em Belo Horizonte

Trabalhadores e trabalhadoras decidiram pela continuidade da greve, em assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (5), na porta da Agência Central, na avenida Afonso Pena, Centro de Belo Horizonte. A categoria exige que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) cumpra o acordo firmado em 2013, em julgamento de dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST), e não privatize o Correio Saúde, que é um benefício. Com a terceirização, trabalhadores e trabalhadoras passariam a pagar mensalidade, usando ou não o serviço, que se chamaria Postal Saúde. Atualmente os Correios são os únicos gestores do plano de saúde. Outra cláusula do acordo, que não vem sendo cumprida, é a implantação da distribuição de correspondências no período da manhã. A tarefa atualmente é cumprida durante a tarde, sob intenso calor, principalmente no verão.

A paralisação dos Correios, que completa seis dias nesta quarta-feira (5), se fortaleceem Minas Gerais. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-MG), a adesão ao movimento cresce a cada dia, principalmente no setor de distribuição. Na manhã desta terça-feira, houve manifestações no Centro de Cartas e Encomendas (CCE) no Sion, que aderiu à paralisação e no bairro Dona Clara, próximo ao Anel Rodoviário.

O secretário-geral do Sintect-MG, Pedro Paulo Pinheiro, o Pepê, que coordenou a assembleia desta quarta-feira,  os CCEs do Sion e do bairro Dona Clara aderiram à greve, que também vem crescendo no interior do Estado. “A paralisação se ampliou em Januária, Pirapora, Teófilo Otoni, Nova Serrana e Governador Valadares. Trabalhadores e trabalhadoras de cidades como Varginha, Três Corações e Três Pontas também aderiram. No Triângulo e Juiz de Fora ainda não fizeram assembleias, mas, quando forem realizadas, devem também parar. A greve vem pipocando nas cidades-pólo e isto está incomodando muito a empresa. Em estados como Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Paraná o movimento está muito forte”, disse Pedro Paulo.

“A empresa quer economizar com a transferência do pagamento do plano de saúde para trabalhadores e trabalhadoras. Ela é a única gestora do Correio Saúde desde sua criação, em 1985. Não vamos aceitar que a empresa, à luz do dia, descumpra um acordo e crie um plano privado”, afirmou o secretário-geral do Sintec-MG.

Pedro Paulo Pinheiro informou que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido de liminar para garantia de manutenção de 80% do efetivo operacional trabalhando feito pela empresa. A ECT queria que o TST considerasse a greve abusiva. O ministro presidente do tribunal, Carlos Alberto Reis de Paula, indeferiu o pedido. Ele determinou que a ação cautelar fosse distribuída à Seção Especializada de Dissídios (SDC) por entender que, para tomar qualquer decisão, é necessário analisar o que foi decidido na sentença normativa do dissídio coletivo de 2013, bem como as alterações realizadas pela ECT no plano de saúde.

(Site CUT/MG – 05.02.14 – Rogério Hilário)



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