Greve dos servidores públicos municipais continua

Servidoras e servidores públicos municipais de Belo Horizonte, em greve há 15 dias, aprovaram a continuidade da paralisação em assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira (20), na Praça da Estação. As categorias, que fazem campanha salarial conjunta com o tema “Nenhum direito a menos! Não vamos pagar a crise!”, deram esta resposta à contraproposta 5% em forma de abono, a ser paga em três parcelas em 2016, encaminhada ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel) pela Secretaria de Recursos Humanos. O que a prefeitura (PBH) oferece, segundo o Sindibel, significa perda salarial de 15%. Servidoras e servidores saíram em passeata pelas ruas do Centro da capital mineira, após a assembleia, e encerram a manifestação na porta da PBH. Eles voltam a se reunir na sexta-feira (23), na Praça da Estação.

 

Trabalhadoras e trabalhadores pedem um reajuste salarial de 25% a ser pago em 2015 e 2016. A proposta inicial da prefeitura era de 2,8% para janeiro de 2016. Em documento enviado ao sindicato, a oferta atual é de 5% parcelados ao longo de 2016, sendo 2,5% em janeiro; em maio o índice seria reajustado para 3,5%; e 5% em setembro, tudo em forma de abono. Servidoras e servidores têm um vale alimentação de R$ 18,50/dia e querem que com o reajuste a folha chegue aos R$ 30. A prefeitura propôs aumento de R$ 0,50. As categoria também pedem fixação de 1º de maio como referência para o reajuste salarial do servidor municipal, reconhecimento dos cursos de educação a distância e tecnólogos para progressão na carreira, e abertura de concursos públicos com garantia de nomeação de todos os aprovados, para pôr fim à terceirização na PBH.

 

“Eles fizeram alterações, mas sem avanços consideráveis. A proposta está muito aquém do que seria correto. E, como o aumento não será incorporado ao salário, não traz reflexos em férias, quinquênios, aposentadoria. Os trabalhadores não poderiam aceitar isso, pois significa reajuste zero em 2015 e perdas salariais. Se aceitássemos o abono seria uma vitória para o governo Temos que arregaçar as  mangas e seguir em frente com o movimento, com o enfrentamento contra a prefeitura. A nossa luta tem que ser pó um reajuste digno. O governo tem dinheiro para criar uma secretaria e 400 cargos com altos salários, mas diz que não pode conceder aumento para o funcionalismo. Esta greve tem um significado que é a dignidade”, disse o presidente do Sindibel, Israel Arimar.

 

Após a assembleia, o Comando de Greve, reunido no Sindibel, aprovou uma série de atividades para esta quarta-feira (21):

– 9 horas: Ato geral dos servidores públicos municipais na Praça Sete

– 13h30: Audiência Pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte para discutir a questão da extensão da jornada de trabalho dos servidores municipais da saúde para fins do cálculo da aposentadoria. Local: Plenário Helvécio Arantes da CMBH.

– 13h30: Vigília em frente à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Informação (Av. Augusto de Lima, 30)

– 18 horas: Reunião entre movimentos sociais e sindicais. Pauta: Campanha Salarial e qualidade dos serviços públicos. Local: sede do Sindibel (Av. Afonso Pena, 726, 18º andar).

 

(Site CUT/MG – Rogério Hilário – 20/10/15)

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