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Greve geral vai atingir todos os setores em Minas Gerais

  • 28/04/2017


Dirigentes da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), de sindicatos CUTistas e de entidades que representam trabalhadoras e trabalhadoras que aderiram à greve geral apresentaram um balanço das mobilizações para esta sexta-feira, 28 de abril. Dezenas de categorias, dos setores público e privado, vão paralisar as atividades para protestar contra as reformas da Previdência, trabalhista a privatização e toda pauta do governo golpista e ilegítimo de Michel Temer.

“Estamos articulando o maior movimento que já fizemos em Minas Gerais. Um número muito superior de sindicatos debateram com suas categorias, que aprovaram a paralisação. E mesmo trabalhadoras e trabalhadores que não são representados por entidades sindicais, como acontece em alguns municípios do Estado, também aderiram. Vão parar trabalhadoras e trabalhadores dos setores público e privado, do campo e da cidade, do setor produtivo, como metalúrgicos, petroleiros, do vestuário, da alimentação, do transporte público, da educação, da saúde, das telecomunicações, dos serviços públicos federal, estadual e municipal, da vigilância.

Os metroviários aprovaram, em assembleia dia (25), entrar em greve à 0 hora do dia 28, mesmo com a possibilidade de multa. Os rodoviários da Grande Belo Horizonte e de outras regiões vão parar por 24 horas. Todos os setores, público e privado, serão fortemente atingidos. A paralisação atingirá toda Minas Gerais e estão confirmados atos em 53 cidades”, diz Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.

“É uma luta por cada um contra as reformas da Previdência e trabalhista e a terceirização. E percebemos que a aceitação do movimento tem sido grande não apenas na classe trabalhadora, mas também entre a população. Hoje a população compreende o que é a reforma da Previdência e o nosso desafio é mostrar as consequências da reforma trabalhista, que é o fim da CLT e a fragilização da representação sindical. Com o diálogo, a população está entendo que ela é que vai pagar a conta. Realizamos debates em câmaras municipais, promovemos aulões sobre os temas e fizemos pressão nas bases dos parlamentares, sejam vereadores, deputados estaduais, federais e senadores. Com nossa mobilização, impedimos a votação da reforma da Previdência. Por isso, vamos continuar investindo no diálogo”, acrescentou Beatriz Cerqueira.

Concentração hoje (28/04)

“Nos concentraremos às 9 horas na Praça da Estação e sairemos por volta das 11 horas em direção à Praça Sete para realizarmos um grande ato. Mas uma greve geral não pode ser medida pelo número de pessoas que participam de uma manifestação e sim pela quantidade de trabalhadoras e trabalhadores que vão suspender sua relação de trabalho. O que importa é a quantidade de categorias paralisadas. O dia 28 não se encerra nele, vamos continuar fazendo barulho. No dia 1° de maio, estaremos na Praça da Cemig, em Contagem, para levarmos nossas pautas à Missa do Trabalhador. Depois, as centrais sindicais vão se reunir novamente para construir as próximas ações contra a pauta golpista”, acrescentou Beatriz Cerqueira.

De acordo com Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG e da direção do Sindieletro-MG, a população está apoiando a greve geral. “Fizemos panfletagens nas estações de ônibus e do Metrô e as pessoas vêm manifestando apoio à paralisação. Como disse a Beatriz, é o primeiro de uma série de mobilizações que teremos que fazer para combater o projeto deste governo que não ouve a população do país.”

Ronaldo Batista, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte e Região (foto anexa), garantiu que a paralisação atingirá 100% da categoria. “Recebemos o convite da CUT, que é protagonista do movimento. Mas a greve não é da CUT. É de toda a classe trabalhadora e em defesa dos direitos e conquistas de toda a população brasileira. Fomos chamados para somar e decidimos em assembleia, na segunda-feira (24), parar 100%. Não tem escala mínima. Vamos parar nas garagens, na rodoviária. Já avisamos a população com uma carta aberta. Acredito que tudo vai dar certo. Vamos ficar nas garagens e contamos com o apoio de diversas entidades”, afirmou.

“Vamos parar a produção da Petrobras e vamos estar sempre nas ruas até que o governo golpista pare com as reformas”, disse Leopoldino Ferreira de Paula Martins, do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG).

“O metrô não circulará por 24 horas. É a nossa resposta a um governo que não se preocupa com o que o povo quer. Estamos às vésperas de uma greve geral, e eles tentam votar propostas que atacam os trabalhadores, com o argumento falso de que as reformas são necessárias para tirar o país da crise. As categorias estão certas de que esta greve vai ser um movimento único e não vai ser o último”, afirmou Romeu José Machado Neto, diretor do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) (foto anexa).

Quadro de GREVE GERAL 28 DE ABRIL – CUT Minas Gerais

1. Trabalhadores/a em educação da rede estadual – escolas estaduais, Superintendências Regionais de Ensino e Órgão Central da SEE (Sind-UTE);

2. Trabalhadores/as eletricitários/as da Cemig (Sindieletro MG, base estadual);

3. Trabalhadores/as da saúde (Sind-Saude, base estadual);

4. Trabalhadores/as da Copasa (Sindágua, base estadual);

5. Trabalhadores/as metroviários/as (Sindimetro, o serviço de metrô não funcionará no dia 28, em nenhum horário)

6. Servidores técnico-administrativos da UFMG, UFVJM, Institutos Federais e CEFET (SINDIFES);

7. Rede Municipal e rede particular de Juiz de Fora (Sinpro JF)

8. Trabalhadores/as bancários/as de Belo Horizonte e região (Sindicato dos Bancários de BH e região, filiado a Fetrafi);

9. Servidores Municipais de Belo Horizonte (Sindibel);

10. Trabalhadores de transporte urbano de Juiz de Fora (Sittro)

11. trabalhadores no Comércio de Uberlândia e Araguari (Secua)

12. Trabalhadores/as Bancarios/as de Juiz de Fora e região (Sindicato dos Bancários JF filiado a Fetrafi;

13. Trabalhadores/as Bancários/as de Patos de Minas (Sindicato dos Bancários filiado a Fetrafi);

14. Trabalhadores/as Bancários de Ipatinga e região (Sindicato dos Bancarios filiado a Fetrafi;

15. Trabalhadores/as bancários/as de Uberaba (Sindicato dos Bancários filiado a Fetrafi);

16. Trabalhadores/as Bancários/as de Caraguases (Sindicato dos Bancários, filiado a Fetrafi);

17. Trabalhadores/as bancários/as de Divinópolis (Sindicato dos Bancários filiado a Fetrafi);

18. Trabalhadores/as Bancários/as de Teofilo Otoni (Sindicato dos Bancários, filiado a Fetrafi);

19. Trabalhadores/as dos Correios (Sintect, base estadual);

20. Trabalhadores do Senalba (base estadual)

21. Psicólogos (Sindicato de base estadual)

22. Economistas (Sindicato de base estadual)

23. Trabalhadores Vigilantes de Uberlândia (SINDEESVU)

24. Aeroportuários (SINA)

25. Trabalhadores/as do Transporte Urbano de Uberlândia (SINTTRURB)

26. Trabalhadores/as da Alimentação de Uberlândia (STIAU)

27. Trabalhadores fumageiros de Uberlândia (Sintraf)

28. Trabalhadores/as da Telecomunicação (base estadual, Sinttel)

29. Trabalhadores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sindsema, base estadual);

30. Trabalhadores do sindicato dos tecelões de Montes Claros;

31. Trabalhadores da Emater;

32. Trabalhadores da Embrapa;

33. Trabalhadores da Construção civil de Juiz de Fora

34. Metalúrgicos de Juiz de Fora e região

35. Servidores/as Públicos/as de João Monlevade, de Belo Oriente, de Santana do Paraíso, Dom Joaquim, Itaipé, Morro do Pilar, Ladainha, Montes Claros, Lavras, Campo Belo, Candeias, de Timóteo (Sinsep), de Coronel Fabriciano (Sintmcelf), de Ipatinga (Sindserpi), Santana do Deserto.

36. Sindicato dos Radiologistas de Montes Claros.

37. Petroleiros (Sindpetro MG)

38.Metalúrgicos de Pouso Alegre e região

39.Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem

40. Trabalhadores assalariados rurais articulados através da Adere

41. Sindicatos dos trabalhadores da Agricultura Familiar articulados pela FETRAF (Federação dos trabalhadores e das trabalhadoras da Agricultura Familiar): Orizânia ,Divino, Santa Margarida, São João, vermelho novo, Simonésia, Santana, Mantimento, Espera Feliz, Tombos, Caparaó, Catas Altas, Alvinópolis, Pedra Dourada;

42. Servidores federais articulados pelo Sindsepe: Cnen Cultura, Ibran, Iphan, Saúde, INSS, Fazenda, Incra, Agricultura, AGU, SPU, Universidade Federais, Escolas Técnicas, Receita Federal, Incra;

43. Trabalhadores/as no ramo da Alimentação de Montes Claros;

44. Universidade de Montes Claros (Adunimontes)

45.Servidores da Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sindsema)

46. Trabalhadores Vigilantes do Norte Minas;

47. Redes municipais de educação de Minas Novas, Turmalina, Veredinha, Carlos Chagas, Nanuque, Serra dos Aimorés, Felício dos Santos, Gouveia, Datas, Itaobim, Porteirinha, Janaúba, Uberaba, Montes Claros, São João da Ponte, São João Del Rei, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Esmeraldas, Jaíba, Verdelândia, Piedade Gerais, Crucilândia, Rio Manso, Brumadinho, Tocantins, Rodeiro, Guidoval, Dores do Turvo, Guricema, Visconde do Rio Branco, Leopoldina, Capinópolis, Canápolis, Centralina, Cachoeira Dourada, Ipiaçu, Muriaé, Ribeirão das Neves, Lagoa Santa, Monte Azul, Betim, Contagem, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Mário Campos, Sarzedo, Presidente Kubistchek, Guapé, Conselheiro Lafaiete, Almenara, Bandeira, Jequitinhonha, Jacinto, Rios do Prado, Jordânia, Pedra Azul, Santa Maria do Salto, Papagaios, Augusto de Lima, Maravilhas e Matozinhos, Buritizeiro, Pirapora, Jequitaí, Várzea da Palma, Varginha, Leme do Prado, Inimutaba, Amparo do Serra, Cajuri, Coimbra, Canaã, São Miguel do Anta, Teixeiras, Viçosa, Frutal, Iturama, Belo Vale, Coronel Murta, Itaguara, São Francisco, Varzelândia, Bocaiúva, Sete Lagoas , Inimutaba, Prudente de Morais, Capim Branco, Cordusburgo, Paraopeba ,Funilandia, Pompeu, São Tomaz de Aquino, São Sebastião do Paraíso, Ritápolis, Carandaí, Belmiro Braga, Virginópolis, São José do Divino, Nova Belém, Naque, Governador Valadares, Uberlândia, Jampruca, Caxambu, Divisópolis, Belo Oriente, Ipatinga, Bia, Passos, Itaú, Fortaleza de Minas, Piumhi, São João Batista do Glória, Tupaciguara, Araçuaí, Ribeirão Vermelho, Lavras, Cláudio, Diamantina.

48. Trabalhadores do transporte rodoviário de Belo Horizonte e região metropolitana (Sindicato dos Rodoviários, filiado a Nova Central).

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