Greve na saúde

A assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde na segunda-feira (18) teve inicio sobre uma intensa atmosfera de indignação e anseio por novos resultados, a qualquer custo, da força de trabalho. O encontro foi um resultado das paralisações que aconteceram na semana passada, das fundações Hemominas e Funed, que chamaram para ampliação da discussão já que a pauta do atraso de salários atinge a todos os setores da saúde. Os servidores presentes decidiram pela greve por tempo indeterminado em todas as entidades: Funed, Hemominas, Fhemig, ESP, SES e Unimontes.

No horário estabelecido, 10 horas, já havia uma grande quantidade de pessoas reunidas em frente à Fundação Hemominas, entoando palavras de ordem que expressavam a revolta da categoria com tanta negligência e descaso por parte do estado, com o que é direito dos trabalhadores e trabalhadoras. Com grande representação dos servidores do interior, companheiras e companheiros chamaram atenção para a importância da unidade na saúde. Sobretudo neste momento em que o governo de Minas Gerais fecha os olhos para as necessidades da categoria, e dá tratamento diferenciado para a segurança, intencionando conter as lutas que devem ser deflagradas no estado.

A assembleia foi marcada para o início desta semana, intencionalmente por ser posterior à data em que o governador prometeu divulgar a data do pagamento do décimo terceiro salário. A saúde, que se preparava para estabelecer os novos passos diante do comunicado sobre o recebimento, não foi contemplada sequer com a informação.  A assembleia foi seguida de um ato público que caminhou até a praça sete, comunicando à população as razões pelas quais os servidores da saúde, a partir do dia de hoje, estão em greve e sobre a gravidade desta situação, sobretudo para o usuário que é quem mais perde com as atrocidades da gestão Pimentel com o funcionalismo.

O governo do estado de Minas Gerais tem conseguido se superar no mau tratamento que tem dado aos trabalhadores da saúde. Com um histórico de não cumprimento de acordos estabelecidos com a saúde e parcelamento de salário há quase dois anos, o governador vem explicitando claramente para os trabalhadores, o lugar de importância secundária no qual o estado os coloca. Porém a saúde tem sua própria consciência sobre o seu trabalho fundamental e, portanto, tem a certeza de que o tratamento daqui em diante, mesmo que forçosamente, terá que ser de mais respeito.

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Fonte: CUT Minas

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