Greve Nacional em defesa de uma educação pública de qualidade

Trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede estadual de Minas Gerais participam da Greve Nacional da Educação, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), nos dias 17,18 e 19 de março.  O objetivo é parar o Brasil para exigir o cumprimento da lei do Piso, carreira e jornada para todos os profissionais da educação, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), destinação de 10% do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores para reajuste do Piso Salarial e contra o INPC.

Em Minas Gerais, a categoria decidiu em Assembleia Estadual no dia 26/02, apoio total à Greve Nacional da Educação. Além de definir as estratégias e o calendário de lutas para os meses de março e abril, foi lançada a Campanha Salarial Educacional 2014, com o lema: “Governador, não aceitamos jogo sujo! Exigimos respeito”.

Greve Nacional em Minas Gerais

Na segunda-feira, dia 17, serão realizadas manifestações de rua em várias regiões do Estado.

No dia 18 de março, serão protocoladas denúncias ao Ministério Público, em todas as regiões do Estado, sobre os problemas do Programa Reinventando o Ensino Médio, principalmente sobre a negativa de matrículas (a matrícula à noite é aceita apenas para jovens com carteira de trabalho assinada), por parte do Governo Estadual. Também serão organizadas caravanas a Brasília com educadores para participar da Greve Nacional da Educação.

E, na quarta-feira, dia 19, a categoria participa de duas frentes. Caravanas partirão de todas as regiões do Estado rumo a Brasília, para participar da manifestação da CNTE. Paralelamente, educadores de toda Minas Gerais participam, às 16 horas, de Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que discutirá a Campanha Salarial 2014 da categoria, com mobilização de toda a comunidade escolar.

Mobilização pelo Estado

Em Governador Valadares representantes do Sind-UTE/MG subsede Governador Valadares e do Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (SINSEM/GV) realizam na segunda-feira (17/03), a partir das 17 horas, ato público comconcentração na União Operária, à Rua São João, 558, no Centro da cidade, com passeata até a Câmara Municipal.

O ato regionalizado faz parte da mobilização pela Greve Nacional da Educação. Na terça-feira (18/03), às 15 horas, será feita denúncia no Ministério Público, sobre problemas na Educação Pública. Várias escolas da região vão aderir ao movimento de paralisação da educação. Na quarta-feira (19/03), representantes das cidades de Almenara, Itaobim, Nanuque, Teófilo Otoni, Águas Formosas e Governador Valadares, no Leste de Minas, participarão de Audiência Pública, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Em Uberlândia, o Sind-UTE/MG subsede Uberlândia, realiza no dia 17/03 às 18h30, na Câmara Municipal, Mesa Redonda com o debate “Construindo uma Escola Pública crítica voltada para a formação dos filhos da classe trabalhadora”. Na terça-feira, às 15horas, na Praça Tubal Vilela, realização de  ato público em defesa da escola pública.

Calendário de Lutas

Em Abril, a categoria votou, em Assembleia Estadual, pela realização de assembleias locais, discussão e esclarecimentos sobre a co-participação do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), além do debate sobre o indicativo de greve para a próxima Assembleia Estadual. No dia 09, participará de ato das Centrais Sindicais e, no dia 24, o Sind-UTE/MG realiza nova Assembleia da categoria, com paralisação das atividades. No mesmo dia, participa do lançamento da Semana Nacional de Educação da CNTE, com participação de representantes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Estudantes se mobilizam contra a Negativa de Matrícula

Em todo o Estado, pais, alunos e o Sind-UTE/MG se mobilizam contra a negativa de matrícula. É que muitos alunos do Ensino Médio não estão conseguindo se matricular no turno da noite nas escolas da rede pública estadual, em toda Minas Gerais. As escolas só aceitam alunos no turno da noite que tenham Carteira de Trabalho assinada, seguindo exigência da Secretaria de Estado da Educação (SEE), através da Resolução SEE 2.442, de 7 de novembro de 2013.

Belo Horizonte – Na Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães, no bairro Pirajá, em Belo Horizonte, pais e alunos promoveram no último dia 10/03, mais uma manifestação na porta da escola contra o fechamento de turmas do Ensino Fundamental no turno da tarde. Foram recolhidas mais de 300 assinaturas de pais/responsáveis, em abaixo-assinado, pedindo a permanência do Projeto Escola de Tempo Integral (PROETI), na escola com horário de atendimento de 7h30 as 17h30. Os pais e mães presentes decidiram manter a mobilização e orientaram os demais pais para que continuem trazendo seus filhos para estudarem no turno da tarde.

Em Montes Claros, os estudantes do Ensino Médio realizaram uma manifestação que parou as principais escolas da cidade, num movimento contra a falta de alimentação escolar, que atinge a todos os alunos do Reinventando o Ensino Médio. A mobilização, que foi organizada pelos grêmios estudantis da cidade, contou com o apoio do Sind-UTE, subsede Montes Claros e aconteceu em frente à Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro. De lá, eles seguiram até à Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros. Os estudantes denunciam que, desde o início do ano, com a implantação do Reinventando o Ensino Médio, falta merenda escolar na maioria das escolas estaduais. O Sind-UTE/MG fez representação no Ministério Público e no Conselho Estadual de Alimentação Escolar.

Representação no Ministério Público – Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, “a negativa de matrícula é uma medida que afasta os alunos da escola, em especial os de baixa renda. Por isso, entramos com representação nas Promotorias da Educação e da Infância e do Adolescente do Ministério Público Estadual da Comarca de Belo Horizonte, para delatar a ocorrência deste fato, que vem tirando o sono de muitos pais e alunos”, afirma.

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