Notícias

IEAL e coletivo da CNTE debatem diversidade e direitos LGBT

  • 16/10/2015


VITÓRIA/ES – No dia em que se encerra o Encontro de Diversidade e Direitos LGBT, a programação foi marcada por reflexões sobre trabalho sindical, religiosidade e relações de trabalho sob a perspectiva de direitos humanos e diversidade.

“Ousadia, coragem e força de vontade: é com essas ferramentas que vamos nos articular com a sociedade”, declarou Christovam de Mendonça, Diretor Administrativo e Financeiro do SINDIUPES/ES, em sua intervenção sobre trabalho sindical e política de diversidade. Ele também chamou a atenção para a importância de os sindicatos organizarem o debate numa perspectiva democrática que represente a todos e a todas, inclusive as minorias, e concluiu “um sindicato que não debate igualdade racial, equidade de gênero, homofobia e saúde do trabalhador não será nunca um sindicado bem sucedido. Incluir é diferente de inserir, porque inserir implica em somar ações e dialogar, e é nesse sentido que caminhamos.”

Diante da exposição do professor Christovam, o representante da CETERA (Argentina), Emiliano Samar, compartilhou um desafio que leva deste encontro: “ Parece muito simples, mas muitas vezes tudo que debatemos se perde e cai no esquecimento, então vamos procurar seguir o exemplo dos companheiros do SINDIUPES e adotar a prática de sistematizar nossas propostas”.

Religiosidade – O reverendo Ariel Irrazábal Montero, ministro da Igreja Anglicana, iniciou sua fala lembrando que fazer sindicalismo significa, desde a etimologia da palavra, empoderar o mais frágil e estar ao lado das minorias. Fez ainda um resgate sobre os espaços que a religiosidade ocupa na nossa sociedade: “a opção por uma religião é de foro íntimo, mas suas expressões se dão no âmbito público, não seria pertinente debater religião na esfera pública?”, provocou.

O evangélico convidou os participantes a pensarem as várias religiões enquanto fenômeno humano, cultural e ético. Alertou sobre o perigo de repetir discursos embasados em ignorância histórica e linguística que reproduzem um modelo antagônico de “igrejas gays e homofóbicas”. Finalmente, incentivou a continuidade de debates amplos sobre o tema da diversidade, já que a dignidade das pessoas virá pela educação e não através da religião e defendeu o papel dos educadores de intervir e mudar processos para garantir a pedagogia transformadora de Paulo Freire.

Vivência – A última palestra do encontro foi uma trazida por Deborah Sabará, coordenadora do Fórum Estadual LGBT do Espírito Santo. Ela é uma mulher trans e dividiu sua história de vida, com superação de preconceitos dentro da família, na sociedade em geral e no mercado de trabalho, e contou como sua luta por empoderamento a levou à militância por direitos humanos.

Compromisso – O coordenador da IEAL – Internacional da Educação na América Latina, Combertty Rodriguez, reafirmou o compromisso da entidade em continuar apoiando cada uma das entidades afiliadas em suas ações locais, em conformidade com as resoluções aprovadas durante o Congresso Mundial da Internacional da Educação, para defesa dos direitos LGBT.

O encontro se encerrou com emoção, e também com as energias do coletivo renovadas para a implementação de ações práticas e inclusão de políticas que contemplem a todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação, independentemente de sua orientação sexual, mas com todo respeito às individualidades.

Veja a cobertura fotográfica completa na página da CNTE no Facebook.

CNTE Informa



Multimídia


Newsletter Sind-UTE/MG


    Informativo Ver todas


    Informativo Especial de Greve - A luta sempre vale a pena
    6/4/2022 - Informa Especial de Greve
    Informativo Especial de Greve
    Especial Jurídico
    188
    187
    186
    185
    184

    Cadastre-se aqui!

    img

    Links



    Opinião

    Todos artigos