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Foi com esse sentimento que servidores/as públicos deixaram as galerias do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais após os deputados estaduais mineiros aprovarem, na tarde desta terça-feira (4/4/23), o projeto de lei 415/23, que aumenta o salário do governador em quase 300%.

Com 45 votos favoráveis e 20 contrários, o PL voltará para a mesa diretora antes de ir para 2% turno. O Projeto de Lei prevê também o aumento salarial do vice-governador e secretários estaduais.

“Uma marca vergonhosa para Minas Gerais, mas o que eu quero dizer pra nossa categoria é que nas escolas de Minas Gerais todos saberão o que significa 300% de reajuste do salário do governador e o que significa uma Auxiliar de Serviço da Educação Básica (ASB), que faz a merenda, limpa a escola, recebendo menos que o salário mínimo. Todo mundo vai saber qual é a diferença entre 300% do salário do governador e o vencimento básico de R$ 2.350 das professoras, que não recebem o Piso Salarial Nacional”, alertou Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

Educadores/as de diversas regiões do Estado, servidores/as de várias categorias acompanharam, com grande indignação, as discussões e aprovação da matéria. “Estamos há quase cinco anos esperando que o governo cumpra a legislação e pague o Piso Salarial Nacional Profissional. Isso não aconteceu. É uma grande vergonha para os deputados da base do governo que votaram por essa excrescência, por esse vexame, que vai fazer Minas Gerais ganhar as páginas de todos os jornais do Brasil.”

A educação promete continuar na luta e seguirá denunciando que em Minas o governo não cumpre a lei do Piso Salarial e, neste sentido, a próxima grande agenda dos trabalhadores/as será em Ouro Preto, no 21 de abril.

Veja como os deputados e deputadas votaram para aumentar, vergonhosamente, o salário do governador, vice e secretários de Estado:

Votaram a favor do aumento

Adriano Alvarenga (PP)
Antônio Carlos Arantes (PL)
Arlen Santiago (Avante)
Arnaldo Silva (União)
Betinho Pinto Coelho (PV)
Bim da Ambulância (Avante)
Bosco (Cidadania)
Carlos Henrique (Republicanos)
Cassio Soares (PSD)
Charles Santos (Republicanos)
Coronel Henrique (PL)
Coronel Sandro (PL)
Doorgal Andrada (Patri)
Douglas Melo (PSD)
Doutor Wilson Batista (PSD)
Dr. Maurício (Novo)
Duarte Bechir (PSD)
Enes Cândido (PP)
Fábio Avelar (Avante)
Gil Pereira (PSD)
Grego da Fundação (PMN)
Gustavo Santana (PL)
Gustavo Valadares (PMN)
Ione Pinheiro (União)
João Magalhães (MDB)
João Vitor Xavier (Cidadania)
Leandro Genaro (PSD)
Leonídio Bouças (PSDB)
Lud Falcão (Podemos)
Maria Clara Marra (PSDB)
Mário Henrique Caixa (PV)
Mauro Tramonte (Republicanos)
Nayara Rocha (PP)
Neilando Pimenta (PSB)
Noraldino Júnior (PSC)
Oscar Teixeira (PP)
Rafael Martins (PSD)
Roberto Andrade (Patri)
Rodrigo Lopes (União)
Thiago Cota (PDT)
Tito Torres (PSD)
Vitório Júnior (PP)
Zé Guilherme (PP)
Zé Laviola (Novo)

Votaram contra o aumento

Ana Paula Siqueira (Rede)
Andréia de Jesus (PT)
Beatriz Cerqueira (PT)
Bella Gonçalves (Psol)
Betão (PT)
Celinho Sintrocel (PCdoB)
Cristiano Silveira (PT)
Doutor Jean Freire (PT)
Leleco Pimentel (PT)
Leninha (PT)
Lohanna França (PV)
Luizinho (PT)
Macaé Evaristo (PT)
Marquinhos Lemos (PT)
Professor Cleiton (PV)
Ricardo Campos (PT)
Ulysses Gomes (PT)

Branco

Alê Portela (PL)
Bruno Engler (PL)
Caporezzo (PL)
Eduardo Azevedo (PSC)
Sargento Rodrigues (PL)

Fotos: Gui Loiola/Sindutemg