Legado de Paulo Freire será homenageado na Assembleia

Audiência da Comissão de Educação lembra obra do educador reconhecido mundialmente e falecido há 20 anos.

A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) presta homenagem, nesta quarta-feira (20/9/17), por meio de uma audiência pública, ao educador, pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire, por ocasião dos 20 anos da sua morte.

O debate começa às 15 horas, no Auditório José Alencar Gomes da Silva, atendendo a requerimento do deputado Rogério Correia (PT), que avalia ser fundamental lembrar a importância de Paulo Freire sobretudo na área de educação, bem como a importância mundial de seu pensamento e obra.

“É uma justíssima homenagem, sobretudo nos dias atuais. Paulo Freire foi um educador reconhecido em todo o mundo pelo elogio da tolerância, pelo respeito às diferenças. Nada mais importante do que isso nos dias atuais”, afirma o parlamentar.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife (PE), no dia 19 de setembro de 1921, e morreu em São Paulo (SP), no dia 2 de maio de 1997, sendo um dos principais expoentes do movimento denominado pedagogia crítica e, por lei, o patrono da educação brasileira.

Convidados – Para a audiência, foram convidados diversos gestores, especialistas e lideranças da educação em Minas Gerais, como as Secretarias de Educação no Estado e em Belo Horizonte, respectivamente Macaé Maria Evaristo dos Santos e Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben.

Outros destaques na lista de convidados são Mariano Alberto Isla Guerra, membro da Associação de Pedagogos de Cuba, e a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Beatriz da Silva Cerqueira.

Consciência política – A relevância do pensamento de Paulo Freire se baseia na proposta de uma nova prática didática, na qual o estudante se transforma no protagonista do processo, traçando seu próprio caminho, em uma contraposição a um processo de educação massiva e que ele classificou como alienante.

Neste aspecto, seu trabalho se destacou ao aliar a formação da consciência política ao processo de educação, sobretudo voltado à alfabetização das camadas mais pobres da população.

Ao mesmo tempo em que ele servia de inspiração para professores em toda América Latina e África, passou a ser perseguido pela Ditadura Militar, o que o levou à prisão a ao exílio. Foi no Chile, em 1968, que ele escreveu sua principal obra, “Pedagogia do Oprimido”, na qual sintetiza seu método de alfabetização. O livro chegou a ser proibido no Brasil, onde somente foi publicado em 1974.

Entre sua vasta obra, alguns livros emblemáticos foram publicados após sua volta ao Brasil, em 1980: “Pedagogia da Esperança”, em 1992, “À Sombra desta Mangueira”, em 1995, “Pedagogia da Autonomia”, em 1997, e “Pedagogia da Indignação”, em 2000.

O pedagogo é um dos brasileiros mais homenageados da história, sendo Doutor Honoris Causa por quase três dezenas de universidades pelo mundo e premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização dos Estados Americanos (OEA).

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Fonte: ALMG

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