Mobilização intensa na ALMG: Servidores lotam galerias e deputados evitam votar projeto do RRF de Zema

O movimento de resistência dos servidores públicos de Minas Gerais ganhou destaque nesta quinta-feira (7) na Assembleia Legislativa do estado. Sob o lema “Se votar não volta!”, os servidores lotaram as galerias e pressionaram os deputados a votarem contra o Projeto de Lei 1.202/2019, proposto pelo governo Zema, que busca a adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

O Regime de Recuperação Fiscal traz consigo uma série de impactos negativos para os servidores, como o congelamento salarial por 9 anos, a proibição de realização de concursos públicos e a possibilidade de privatização de importantes empresas estatais, como Cemig, Copasa e Gasmig.

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A estratégia de união das entidades representativas do funcionalismo público, articulada pela Frente em Defesa dos Serviços Públicos, aliada ao trabalho de obstrução do Bloco de Oposição Democracia e Luta, mostrou-se eficaz. O Projeto de Lei foi pautado para votação nas sessões da manhã e tarde desta quinta-feira, porém, devido à falta de quórum, não foi votado.

Diante disso, o presidente da Assembleia, deputado estadual Tadeu Leite, desconvocou a reunião extraordinária que estava prevista para a noite de hoje e convocou sessões para a próxima segunda-feira (11/12/23), nos horários de 10h, 14h e 18h, quando o projeto será novamente discutido e votado em plenário.

É importante ressaltar o engajamento dos servidores públicos nessa luta em defesa de seus direitos e condições de trabalho. A mobilização e a pressão exercida sobre os parlamentares têm sido fundamentais para que o Projeto de Lei seja rejeitado e os interesses dos servidores sejam preservados.

Essa foi uma vitória parcial, mas importante, dos servidores e das servidoras públicos, que demonstraram sua capacidade de mobilização e de resistência. Mas a luta continua. É preciso manter a pressão sobre os deputados e as deputadas para que eles e elas rejeitem o projeto do governo Zema e defendam os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. O sind-Ute convoca todos e todas a participarem das próximas manifestações na ALMG e nas redes, e a fortalecerem a campanha “Se votar não volta!”. Juntos e juntas, podemos barrar esse projeto nefasto e garantir um futuro digno para Minas Gerais.

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