Movimentos sociais fazem segundo ato em Belo Horizonte contra o aumento da tarifa de ônibus

O Movimento Tarifa Zero BH e os movimentos sociais convocam a todos para o 2° Ato contra a Tarifa na sexta-feira (16), em Belo Horizonte. A concentração começará a partir das 17 horas, na Praça Sete, Região Central da capital mineira. Segundo o Tarifa Zero, a luta precisa seguir para que a suspensão do aumento da passagem seja definitiva, não apenas para os ônibus suplementares, como aconteceu judicialmente, mas também para as linhas convencionais e metropolitanas. As manifestações vão acontecer na sexta-feira em várias cidades do Brasil.

De acordo com o movimento, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, “deu um presente de fim de ano para a população e aumentou as tarifas do ônibus municipal para R$3,10 e do metropolitano em 13%.  Já é o segundo aumento em menos de um ano, e o desrespeito contra a população não acaba, pois o Move nada mais tem feito além de aumentar a humilhação cotidiana para pegar o transporte coletivo no horário de pico.

“Sabemos que todo aumento na tarifa é um crime contra a população! Ele exclui a população mais pobre do acesso à cidade, além de aumentar o número de veículos nas ruas, já que as pessoas deixam de usar os ônibus e passam a andar de moto ou de carro. O preço da passagem tem impactos significativos no bolso do usuário, uma viagem passará a valer o preço de 5 pães franceses. O dinheiro do aumento vai para o bolso dos empresários ao invés de melhorar a qualidade do transporte. Já vínhamos nos mobilizando desde o começo de dezembro, e vamos mostrar que, mesmo na época mais vazia da cidade, vai ter mobilização”, acrescenta o movimento  na convocação para o novo ato.

Na última sexta-feira (9), integrantes do Tarifa Zero BH e de outros movimentos sociais fizeram uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte. A concentração começou às 17 horas no quarteirão fechado da avenida Afonso Pena, entre a Praça Sete e a rua Tamoios. Por volta das 18 horas, os manifestantes fecharam a avenida Afonso Pena, inicialmente no sentido Centro/bairro, seguindo em passeata até uma estação do Move na Avenida Antônio Carlos, na Lagoinha. O protesto terminou às 21h45.

Também na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu o aumento das tarifas das linhas suplementares. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, vários usuários impetraram um agravo de instrumento contra decisão da 1ª Fazenda Municipal em ação popular que havia mantido o reajuste tarifário.

Os passageiros alegaram que não foi cumprido o prazo para a publicação do reajuste anual da tarifa, conforme está previsto na cláusula 11.4 do Contrato de Concessão de Transporte Público Coletivo de Passageiros por Ônibus e violação aos princípios da motivação, publicidade e transparência.

(Site CUT/MG – Rogério Hilário – 13/01/15)

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