Mudanças no sistema de matrícula da rede municipal de Betim geram transtornos a pais e alunos

O simples ato de matricular um/a filho/a na rede municipal de Betim, cidade da Grande BH, se transformou no maior calvário, nos últimos dias.

Segundo reclamações que chegaram à Subsede do Sind-UTE/MG naquela localidade, centenas de pais estão tendo muitas dificuldades para executar esse processo, que até então era muito tranquilo.

A diretora da Subsede Betim, Denise Romano, explica que uma fila imensa está se formando todos os dias na porta da escola Cetap, à Rua Doutor Sílvio Lobo, 123 – Bairro Angola. “Tudo isso porque a prefeitura local modificou o sistema de matrículas, dificultando a vida das pessoas. Não há informação objetiva, muito menos orientações corretas para que as pessoas possam evitar perda de tempo e gastos desnecessários”, explica.

Por meio das redes sociais, a professora Kênia relata o drama encontrado para matricular o sobrinho:

“Até dezembro de 2013, eu morava no Bairro Nossa Senhora de Fátima e meu sobrinho estudava na Escola Maria Aracélia. Agora em janeiro, me mudei para o bairro Marimba.Trabalho na escola Jorge Afonso Defensor, a dois quarteirões da minha nova residência e tentei fazer a matrícula na própria escola. Fui informada que apesar de ter vaga nas três turmas para 7 anos, a escola estava proibida (ordem verbal da Secretaria Municipal da Educação – Semed) de fazer a matrícula. Qualquer responsável deveria procurar a Semed, tendo vagas ou não. Fui lá, e como cidadã fiquei indignada com o que vi, pessoas humildes sendo obrigadas a voltar várias vezes, às vezes até sem dinheiro para passagem do ônibus porque estão exigindo declarações e diversos documentos. Uma situação realmente muito sacrificante. Levei três dias para juntar o documentação exigida para o meu sobrinho. Fiz a pré-inscrição e mesmo assim ele terá de aguardar. Na escola localizada à 100 metros de sua residência tem vagas na três turmas e a escola não pode recebê-lo.”

Toda essa situação, segundo Denise Romano, poderia ser evitada, se houvesse mais respeito por parte da administração municipal à comunidade. “É obrigação de o Executivo facilitar o acesso à escola. Essa burocracia é completamente absurda”, argumenta.

A mudança no processo para o coordenador-geral da Subsede Betim, Luiz Fernando Souza Oliveira, gera incômodo e dificuldades no processo da matrícula para a sociedade local.  “Esta centralização da Secretaria de Educação em Betim não tem justificativa e dificulta a realização da matrícula. Orientamos os pais a procurarem o Sindicato para agilizar a denúncia no Ministério Público ou junto a outros órgãos competentes. “

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