Não abrimos mão do petróleo para a educação

Publicado em Sexta, 06 Março 2015 19:30

No próximo dia 13, os trabalhadores e as trabalhadoras organizados/as na Central Única dos Trabalhadores (CUT), em conjunto com outros segmentos progressistas da sociedade, irão às ruas para exigir a apuração ampla dos casos de corrupção envolvendo a Petrobras e as empresas prestadoras de serviços em áreas de infraestrutura no país, porém preservando os projetos de investimento dessas empresas (livres da corrupção) que são essenciais para a manutenção do emprego, da renda e para a retomada do crescimento econômico com inclusão social.

Em âmbito da Petrobras, o denuncismo exacerbado da mídia faz crer, equivocadamente, que a melhor alternativa para a maior empresa produtora de petróleo de capital aberto no mundo, seja a privatização do Pré-sal com a transferência da riqueza do povo brasileiro para os detentores do capital nacional e internacional.

A CNTE lutou arduamente para vincular 50% do Fundo Social do Pré-sal e 75% dos royalties e das participações especiais do petróleo dos entes federados para a educação pública (e outros 25% para a saúde), e não há como admitir que uma das principais fontes de financiamento do novo Plano Nacional de Educação – que pretende destinar o equivalente a 10% do PIB para a educação na próxima década – seja tomada de assalto por empresários nacionais e empresas estrangeiras que não têm nenhum compromisso com a qualidade de vida do povo brasileiro.

O ato do dia 13 destina-se essencialmente à defesa dos recursos do petróleo para as áreas sociais, de ciência e tecnologia e de meio ambiente, mas também defenderá os direitos dos trabalhadores e o regime democrático atualmente ameaçado por alas reacionárias da sociedade, que não aceitam o resultado das urnas e promovem ardilosamente uma campanha apócrifa de impeachment presidencial sem nenhum fundamento legal.

Nossa mobilização também pautará a reforma política democrática, mãe de todas as reformas na atual conjuntura do Estado brasileiro, com vistas a pôr fim ao financiamento das empresas privadas em pleitos eleitorais, estimulando a presença das mulheres e das minorias nos parlamentos e nos executivos e priorizando o debate das propostas dos partidos políticos.

Assim sendo, convocamos os/as trabalhadores/as em educação das escolas públicas para incorporarem esse grande movimento em defesa da democracia e das riquezas do petróleo para povo brasileiro.

Vamos às ruas!

Fonte: CNTE

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