Nota de apoio às ocupações de Belo Horizonte

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) manifesta seu total apoio às milhares de famílias das ocupações de Belo Horizonte, que vêm sendo ameaças de despejo e sofrem ataques constantes do aparato represssivo, representado pela Polícia Militar. A truculência, a intransigência e a falta de diálogo, que se tornaram práticas comuns no governo estadual passado em sintonia com a atual gestão da administração municipal, permanecem. E se tornaram ainda mais acentuadas nos últimos dias, com a polícia reprimindo as manifestações das ocupações do Isidoro. A situação está prestes a se transformar num massacre, algo impensável, inadmissível num estado democrático. Principalmente, diante do déficit de moradias populares na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e da falta de uma política habitacional, mesmo com terrenos abandonados e sem qualquer utilidade pública.

 

Para a CUT/MG e os movimentos sociais, em especial o MLB e a Comissão Pastoral da Terra, é urgente consolidar o programa “Minha Casa, Minha Vida” em Minas Gerais. Das 34 cidades da RMBH, segundo estudo da UFMG, apenas seis realizaram o programa, que começou em 2009, e entregaram apenas 10 mil unidades. O déficit habitacional na região é 200 mil unidades, uma irresponsabilidade das prefeituras, que precisam viabilizar a construção das moradias, juntamente com o Estado e o governo federal.

 

Por causa da irresponsabilidade e da incompetência das gestões anteriores, aconteceram muitas ocupações. Repudiamos os despejos e a repressão policial. Exigimos o diálogo, a regularização das ocupações e a busca de soluções e alternativas e uma política habitacional que dê a todos condições de obter uma moradia digna.

 

Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG)

(Site CUT/MG – 19/06/15)

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