” Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis.”

Bertold Brecht

Nas palavras do dramaturgo e poeta, Bertold Brecht, encontramos a expressão para definir um grande companheiro – o professor, Luiz Fernando Carceroni,que a partir de agora fica, entre nós, como saudosa lembrança de um “imprescindível” guerreiro.

Ele faleceu, dia 22 de novembro último, vítima de um infarto do miocárdio e seu corpo está sendo velado no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte. Nessa 2ª-feira (24/11), às 13h:00, acontecerá o sepultamento.

A direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), consternada, divulga essa notícia tão triste aos educadores mineiros, ao mesmo tempo em que se dirige aos seus familiares e amigos, para dizer que está de luto.

O Sindicato, assim como os trabalhadores em educação de Minas Gerais, reconhecem nos relevantes serviços prestados por Carceroni, o quanto o seu esforço, trabalho e dedicação foram determinantes para o avanço da luta travada em prol de uma educação pública de qualidade social. Sua voz sempre altiva foi preponderante na consolidação de melhores condições de vida e de trabalho para a classe trabalhadora mineira. Sua passagem também pelo Procom de Belo Horizonte foi marcante, especialmente, pela defesa intransigente dos direitos dos consumidores.

Aguerrido dirigente Sindical, Luiz Fernando Carceroni, emprestou muito de sua coragem à luta cotidiana do Sind-UTE/MG, especialmente, quando esteve à frente de difíceis combates travados pelo Sindicato em defesa dos interesses dos profissionais da educação.

Assim também o fez quando atuou na União dos Trabalhadores do Ensino (UTE). Vale lembrar que ele foi uma das lideranças sindicais que se mobilizaram para a criação da UTE, em 1979, um marco histórico no movimento sindical mineiro e brasileiro.

Para se ter ideia do quanto sempre foi intenso em suas proposições, Carceroni foi um dos líderes da greve da categoria deflagrada, em 22 de abril de 1980. Após ser preso no Dops, juntamente com outros companheiros, iniciou uma greve de fome pela abertura de negociações, fim da repressão e atendimento às reivindicações dos educadores mineiros.

Por tudo isso, é possível dizer que perdemos, sim, um grande companheiro, uma liderança firme, um bom amigo. Mas, a história o fará renascer, todos os dias, em nossas lutas.

Obrigado Carceroni! Você foi e continua sendo “imprescindível”.

Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais

(Sind-UTE/MG)