Nota de Repúdio ao Racismo e à Intolerância Religiosa em Betim: Em Defesa da Educação Antirracista

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-UTE/MG, expressa o mais veemente repúdio às manifestações de racismo e intolerância religiosa praticadas pelos vereadores Alexandre da Paz, Baé da Comunidade, Layon Silva, Rony Martins, Ricardo Lana e pela vereadora Ângela Maria da cidade de Betim contra ações e práticas de educação antirracista promovidas pela gestão municipal nas escolas e CIMs da cidade. Atitudes como essas são incompatíveis com os valores democráticos, os direitos humanos e a função social da educação.
O ataque à educação antirracista é, por si só, um ato de violência simbólica e estrutural, que nega o direito de crianças e jovens negros e indígenas a se verem representados, valorizados e respeitados em seu espaço de formação. Quando somado à intolerância religiosa — especialmente contra religiões de matriz africana — esse tipo de violência assume contornos ainda mais perversos, reforçando estigmas históricos e perpetuando a exclusão.
Educar para a diversidade racial e religiosa é uma responsabilidade constitucional e pedagógica. É formar cidadãos conscientes, críticos e respeitosos das múltiplas identidades que compõem o tecido social brasileiro.
Repudiamos qualquer tentativa de silenciar vozes, de distorcer o sentido da educação antirracista e de promover discursos de ódio em nome de crenças particulares. O ambiente escolar deve ser um espaço de acolhimento, pluralidade e construção de justiça social.
Não aceitaremos retrocessos. É dever do Estado, das instituições educacionais e de toda a sociedade promover políticas e práticas que enfrentem o racismo em todas as suas formas. Silenciar ou minimizar esses ataques é ser conivente com a exclusão e a violência.
Exigimos que os responsáveis por essas práticas discriminatórias sejam responsabilizados, que o projeto iniciado “Caminhos para a Igualdades” tenha continuidade em sua implementação e que medidas educativas, bem como, legais sejam tomadas para que episódios como esse não se repitam.
POR UMA EDUCAÇÃO QUE LIBERTA, INCLUI E RESPEITA: NÃO AO RACISMO, NÃO À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA. SIM À EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA!
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