O desenvolvimento de Minas Gerais é destaque no Programa Outras Palavras

Nos últimos doze anos, Minas Gerais vive sob os impactos da política do choque de gestão, instituída pelo governo do Estado. Mas, nos movimentos sociais e sindicais mineiros a avaliação é de essa forma de governar não é para todos.

Para debater sobre o desenvolvimento de nosso Estado, o Programa Outras Palavras, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) ouviu, nesse domingo (17/08), de 7h as 7h30, no Educação em Debate, o cientista político Otávio Soares Dulci. Pensando o estado de Minas Gerais a partir de seu imenso território, de sua diversidade regional e das necessidades de sua gente, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, pergunta a Otávio Dulci como anda o desenvolvimento socioeconômico e político por aqui?

Profundo estudioso da conjunta mineira, Dulci faz uma análise do cenário atual e afirma que Minas Gerais apresenta uma desigualdade social imensa, com regiões bem desenvolvidas e outras bastante pobres. Essa situação antagônica deveria merecer mais atenção do poder público, para tornar o Estado mais integrado e com maior equilíbrio interno, mas isso não acontece. “O governo estadual tem uma participação pequena na área de assistência social e o combate às desigualdades é quase nulo”, pontua.

Segundo Dulci, há modificações também na pirâmide etária, com o grupo da juventude superando o infantil e a faixa da terceira idade crescendo de forma contínua. “Isso sinaliza para a necessidade de políticas públicas tanto para os jovens quando para a pessoa idosa. “O governo pode fazer muito mais do que tem feito, por meio de políticas específicas para esses segmentos.”

Momento CUT Minas – Em plena ditadura militar, no ano de 1979, o Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região já se organizava nos locais de trabalho para enfrentar a repressão. A informação é do presidente da entidade, Geraldo Valgas Araújo, que fala dos 80 anos desse Sindicato, comemorados em agosto deste ano. Ele afirma que a mobilização dos trabalhadores é um dos principais desafios, pois o enfrentamento à repressão policial na porta de fábrica é real. Acabar com o fator previdenciário, combater a terceirização e reduzir a jornada de trabalho, de 44 para 40 horas semanais, são bandeiras importantes. Só para se ter ideia, se essa última defesa fosse hoje uma realidade para os 90 mil metalúrgicos mineiros, mais de 12 mil postos de trabalhos seriam criados.

Atualidade – A construção do Plebiscito de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político é defendida pelo sociólogo e membro da Assembleia Popular de Minas Gerais, Frederico Santana Rick. A iniciativa busca reunir pessoas descontentes com o atual sistema político, para realizar uma coleta de votos a favor de uma constituinte soberana e exclusiva para a reforma política, que deve atuar em duas frentes: no aperfeiçoamento da democracia representativa, com a reforma do sistema eleitoral, e no fortalecimento da democracia direta. O objetivo é realizar um plebiscito popular entre 1º e 7 de setembro, para que a população participe.  Desde agosto de 2013, mais de 250 organizações, movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos trabalham pela construção da ferramenta. A votação trará apenas uma pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”

Momento CNTE – Em destaque, o 1º Encontro Nacional da Juventude dos Trabalhadores em Educação, evento definido durante o 32º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em janeiro deste ano, com a participação de mais de 100 jovens profissionais da educação.  O encontro nacional vai debater a política de organização dos profissionais de educação jovens dentro dos sindicatos. Vários pontos, inclusive, a questão da comunicação com esses jovens serão tratados, para que eles retornem para as suas entidades bastante motivadas. “Queremos atrair esses jovens para a militância, para a direção do sindicato, não apenas para a profissão”, ressalta Marta Vaneli, secretária-geral da CNTE.

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