Notícias

Ocupações populares acampam na Prefeitura de Belo Horizonte, na Urbel e na AGE

  • 07/07/2014


Moradores exigem negociações para evitar despejos e reivindicam água, energia elétrica, saneamento básico, saúde e educação

Centenas de moradores das ocupações populares de  Belo Horizonte e da Região Metropolitana estão acampados desde a manhã de quarta-feira (2) na porta da prefeitura (PBH), na avenida Afonso Pena; e nos prédios da Companhia Urbanizadora (Urbel), na avenida do Contorno; e da Advocacia Geral do Estado (AGE), na rua Espírito Santo. Eles só admitem deixar os acampamentos após negociação e com garantias da PBH e do governo do Estado de que não haverá despejos nas áreas ocupadas. A prefeitura já pediu na Justiça a reintegração de posse de espaços públicos ocupados.

Os manifestantes integram as ocupações Dandara, Eliana Silva, Nelson Mandela, Rosa Leão, Esperança, Vitória, Zilah Spósito/Helena Greco, Cafezal e Jardim Getsêmani, de Belo Horizonte; Guarani Kaiowá, de Contagem; e Tomás Balduíno, de Ribeirão das Neves. Na manhã desta quinta-feira (3), uma comissão das ocupações e Frei Gilvander, da Comissão Pastoral da Terra, negociavam com representantes da AGE, sem a presença de um representante da prefeitura. Também estava prevista uma reunião com a subsecretária da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para apresentação de reivindicações.

Entre as reivindicações estão a garantia de que não vai haver retirada forçada das famílias e reunião com representantes da prefeitura e do governo estadual, além de infraestrutura básica, como água, luz, esgoto, pavimentação, atendimento de saúde e educação. Além dos encontros desta quinta-feira (3), outra reunião foi marcada para o dia 17 com Seds.

“A prefeitura não recebe os pobres. Já acampamos aqui três vezes e não conversamos com o prefeito, que prefere negociar com empresários. Quando conseguimos negociar, eles não cumpriram os acordos. E sabemos que ordem de despejos estão para acontecer depois da Copa do Mundo, tanto em Belo Horizonte quanto na Região Metropolitana. A gente nunca tem paz. O Minha Casa, Minha Vida não nos atende, pois somos famílias com renda de um salário mínimo. Se formos despejados, muitos terão que morar nas ruas ou na prefeitura. O déficit habitacional de Minas Gerais é muito grande e precisamos de uma solução. Márcio Lacerda não se preocupa com os pobres, mas precisa se lembrar que foram os pobres que o colocaram na prefeitura”, disse Maria Eliene,  da Ocupação Vitória, que com a Rosa Leão e a Esperança estão no Isidoro, na Região Norte da capital mineira.

“Não sairemos enquanto não houve negociação, propostas concretas e garantia de moradia. Somos 8 mil famílias em uma área sem destinação há mais de 100 anos. Vamos continuar aqui na prefeitura, na Ubel e na AGE”, afirmou Maria Eliene. O acampamento, que na quarta-feira interrompeu o trânsito na avenida Afonso Pena, nesta quinta-feira ocupava apenas duas pistas da via.

As ocupações

Dandara (com 1.140 famílias), no Céu Azul; Eliana Silva (com 350 famílias) e Nelson Mandela (com 400 famílias), no Barreiro; Rosa Leão (com 1.500 famílias), Esperança (com 2.560 famílias), Vitória (com 4.500 famílias) e Zilah Spósito/Helena Greco (com 180 famílias), na região do Isidoro; Cafezal (com cerca de 100 famílias), Jardim Getsêmani (com mais de 100 famílias, em Belo Horizonte), Guarani Kaiowá (com 150 famílias, em Contagem) e Tomás Balduíno (com 500 famílias, em Ribeirão das Neves).

(Site CUT/MG – 03.07.14 – Rogério Hilário)



Multimídia


Newsletter Sind-UTE/MG


    Informativo Ver todas


    Informativo Especial de Greve - A luta sempre vale a pena
    6/4/2022 - Informa Especial de Greve
    Informativo Especial de Greve
    Especial Jurídico
    188
    187
    186
    185
    184

    Cadastre-se aqui!

    img

    Links



    Opinião

    Todos artigos