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Professora usa poesia para estimular gosto pela leitura

  • 09/02/2015


Uma forma de poesia sintética, de apenas seis palavras-versos, a aldravia, foi a fórmula encontrada pela professora Viviane Felisberto para estimular o gosto pela leitura e a escrita entre seus alunos na Escola Municipal Marphiza Magalhães Santos, no município mineiro de Santa Bárbara. O projeto Aldravilhando, desenvolvido com estudantes do quinto ano do ensino fundamental, foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares.

“Sou amante da leitura e sempre acreditei na força da educação”, diz Viviane. “Ser finalista do maior prêmio de incentivo à leitura, o Vivaleitura, com o projeto Aldravilhando, mostra que estamos no caminho certo.”

Segundo a professora, o projeto trabalha o ato de ler com o de escrever, o ato de estudar a obra e a vida do autor com o ato de conhecê-lo e o ato de criar com o ato de divulgar a produção literária na escola, na padaria, na rede virtual. “O projeto trabalha com a tríade escola, família e sociedade, referenciais para disseminar o prazer pela leitura, pelo livro, pela literatura e pela criação poética”, destaca.

De acordo com Viviane, à medida que os estudantes avançam no ensino fundamental, os textos literários mais estudados são de prosa. “A poesia, joia rara da literatura, perde, aos poucos, espaço para outros textos que trabalham com linguagem direta e de fácil assimilação”, avalia. Por isso, em parceria com a direção e a coordenação pedagógica da escola, ela resolveu desenvolver o projeto, que tem a finalidade de criar o gosto, o prazer e a paixão pela leitura de poesia sintética na escola e na família.

Aldravia vem de aldrava, argola de metal utilizada para bater as portas dos antigos casarões como os que existem até hoje em cidades mineiras como Mariana, onde surgiu esse movimento poético, no ano 2000.

Bolsa — Durante a realização do projeto, os alunos também participaram de oficinas de criação poética e tiveram a oportunidade de divulgar a produção nos murais da escola, em jornais e nas redes sociais. A fim de estimular a leitura dos poemas pelas famílias e a criação de novas poesias foi criada a bolsa Aldravilhando, usada para armazenar um pacote literário de aldravias.

Na visão de Viviane, o projeto possibilitou a ampliação e o aprofundamento da aprendizagem dos alunos por meio da apropriação da leitura e escrita, bem como o desenvolvimento de análise crítica, tanto em relação à própria criação literária quanto à dos colegas. Outros benefícios foram a elevação da autoestima, maior estímulo à criação poética e à produção artística, bem como o compartilhamento de impressões e opiniões sobre passagens preferidas nas obras.

Ansiosa para dar continuidade ao trabalho este ano, a professora está à procura de parcerias que possam contribuir para a disseminação do projeto. Pedagoga com pós-graduação em psicopedagogia, ela trabalha no magistério há 22 anos.

(Site MEC – Fátima Schenini – 04/02/15)


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